O Instituto Nacional do Câncer (INCA), aponta que o câncer de ovário é o segundo tumor ginecológico mais frequente em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de colo do útero. A cada ano, mais de 6 mil mulheres desenvolvem esse tipo de câncer.
O tumor ocupa o quinto lugar em mortes por câncer entre mulheres, por ser de difícil detecção, acaba diminuindo as chances de cura das pacientes. Em 2019, mais de 4 mil mortes pela doença foram registradas no país.
Diego Santos, cirurgião oncológico, explica que em 2020, aproximadamente 21.750 novos casos de câncer de ovário foram registrados, “o que representou 1,2% de todos os casos de câncer”. De acordo com o especialista, “apenas 15,7% dos casos de câncer de ovário são diagnosticados no estágio inicial e cerca de 58% no estágio de metástase, onde a sobrevida em 5 anos cai para 30,2% em vez de 92,6% se detectada em um estágio inicial“, explica
A incidência do câncer de ovário está associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais, histórico familiar também é um fator de risco isolado, com cerca de 10% dos casos. De acordo com o Ministério da Saúde, o tumor pode acometer a mulher em qualquer idade, mas é mais frequente depois dos 40 anos, além da idade, os principais fatores de risco incluem infertilidade, menopausa tardia, menstruação tardia, nunca ter tido filhos, obesidade, tabagismo.
Sintomas
O especialista aponta que o câncer não possui sintomas específicos, e que podem ser facilmente ignorados no estágio inicial, o que dificulta o tratamento precoce “os sintomas geralmente se tornam aparentes no estágio tardio (estágio III ou IV) e […] incluem uma combinação de plenitude abdominal, distensão abdominal, náusea, distensão abdominal, saciedade precoce, fadiga, alteração nos movimentos intestinais, sintomas urinários, dor nas costas, dor durante a relação sexual e perda de peso”, explica.
Tratamento
No estágio inicial, a cirurgia é feita para remover o tumor. “Na maioria das vezes o útero, ambas as tubas uterinas e ambos os ovários são removidos, a necessidade de complementação será definida após a cirurgia. A quimioterapia é outra fonte de tratamento extremamente importante e o momento exato é primordial, principalmente em fases mais avançadas, se a quimioterapia funcionar e a mulher ficar mais forte, pode ser feita uma cirurgia para diminuir o câncer, geralmente seguida de mais quimioterapia“, finaliza o cirurgião oncológico, Diego Santos.
Os órgãos de saúde recomendam consultar regularmente um ginecologista e realizar exames com mais frequência, além de controlar o peso e manter uma alimentação saudável.
miseria.com.br
26.05.2022