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44% dos empresários cearenses sentem impacto negativo da Guerra na Ucrânia, aponta pesquisa

44% dos empresários cearenses sentem impacto negativo da Guerra na Ucrânia, aponta pesquisa

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Foto: Divulgação/Grendene
No Ceará, 44,9% dos empresários afirmam sofrer algum impacto negativo com a Guerra na Ucrânia, segundo levantamento do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado na última segunda-feira (27).

A pesquisa consultou 71 empresas, sendo 22 pequenas, 26 médias e 23 grandes do segmento de indústria em geral; além de 20 empresas da construção civil, sendo sete pequenas, dez médias e três grandes.

Segundo o levantamento, 29,6% dos empresários relataram não perceber mudanças, e 25,5% não souberam ou preferiram não responder. A pesquisa mostra que dentre os empresários que apontaram mudanças negativas, os principais motivos para tal percepção foram:

  • Aumento de preços de insumos ou matérias-primas: 79,4%;
  • Aumento do custo de energia (diesel, óleo combustível, gás, carvão, etc.): 66,8%;
  • Dificuldade logística: 31,1%;
  • Aumento da dificuldade em conseguir insumos ou matérias-primas: 28,1%;
  • Aumento da taxa de juros: 27,2%;
  • Comportamento desfavorável da taxa de câmbio: 16,3%
  • Nenhuma das opções acima: 2,1%

Impacto menor adiante

Em relação ao impacto da guerra nas operações das empresas nos próximos seis meses, o empresário do Ceará acredita que os efeitos serão menos intensos que o percebido no início do conflito.

Cerca de 58,9% das empresas esperam algum impacto, das quais 28,2% acreditam que será de forma menos intensa; 23,1% esperam a mesma intensidade e 7,7% acreditam que os impactos serão mais intensos. Já 19,1% dos empresários consideram que não irá afetar as operações da empresa.

Efeitos da pandemia

O estudo da Fiec mostra ainda que a falta ou alto custo em adquirir insumos e matérias-primas é um dos maiores desafios enfrentados pelo setor industrial cearense, especialmente desde o terceiro trimestre de 2020, quando começou a pandemia de Covid-19.

No primeiro trimestre de 2022, de acordo com a pesquisa, a pandemia seguiu como o obstáculo mais recorrente do setor cearense. Cerca de 71,3% dos industriais revelaram que o aumento de custos de insumos e matéria-prima produzida no país foi superior às expectativas no primeiro trimestre.

Dentre as empresas importadoras (55,9%) de insumos e matérias-primas, a percepção de grande parte dos empresários (40,6%) também foi de aumento de custos acima das expectativas.

Para amenizar as dificuldades encontradas em adquirir insumos ou matérias-primas e importados, a principal estratégia adotada entre as empresas, em ambos os casos, foi a procura de outros fornecedores nacionais. Sendo 40,2% das empresas que utilizam nacionais e 40,7% das empresas que importam insumos.

Fonte: G1 CE
badalo.com.br
01.07.2022