A pesquisa consultou 71 empresas, sendo 22 pequenas, 26 médias e 23 grandes do segmento de indústria em geral; além de 20 empresas da construção civil, sendo sete pequenas, dez médias e três grandes.
Segundo o levantamento, 29,6% dos empresários relataram não perceber mudanças, e 25,5% não souberam ou preferiram não responder. A pesquisa mostra que dentre os empresários que apontaram mudanças negativas, os principais motivos para tal percepção foram:
- Aumento de preços de insumos ou matérias-primas: 79,4%;
- Aumento do custo de energia (diesel, óleo combustível, gás, carvão, etc.): 66,8%;
- Dificuldade logística: 31,1%;
- Aumento da dificuldade em conseguir insumos ou matérias-primas: 28,1%;
- Aumento da taxa de juros: 27,2%;
- Comportamento desfavorável da taxa de câmbio: 16,3%
- Nenhuma das opções acima: 2,1%
Impacto menor adiante
Em relação ao impacto da guerra nas operações das empresas nos próximos seis meses, o empresário do Ceará acredita que os efeitos serão menos intensos que o percebido no início do conflito.
Cerca de 58,9% das empresas esperam algum impacto, das quais 28,2% acreditam que será de forma menos intensa; 23,1% esperam a mesma intensidade e 7,7% acreditam que os impactos serão mais intensos. Já 19,1% dos empresários consideram que não irá afetar as operações da empresa.
Efeitos da pandemia
O estudo da Fiec mostra ainda que a falta ou alto custo em adquirir insumos e matérias-primas é um dos maiores desafios enfrentados pelo setor industrial cearense, especialmente desde o terceiro trimestre de 2020, quando começou a pandemia de Covid-19.
No primeiro trimestre de 2022, de acordo com a pesquisa, a pandemia seguiu como o obstáculo mais recorrente do setor cearense. Cerca de 71,3% dos industriais revelaram que o aumento de custos de insumos e matéria-prima produzida no país foi superior às expectativas no primeiro trimestre.
Dentre as empresas importadoras (55,9%) de insumos e matérias-primas, a percepção de grande parte dos empresários (40,6%) também foi de aumento de custos acima das expectativas.
Para amenizar as dificuldades encontradas em adquirir insumos ou matérias-primas e importados, a principal estratégia adotada entre as empresas, em ambos os casos, foi a procura de outros fornecedores nacionais. Sendo 40,2% das empresas que utilizam nacionais e 40,7% das empresas que importam insumos.