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Adolescentes diminuem o uso de camisinha em relações sexuais, diz IBGE

Adolescentes diminuem o uso de camisinha em relações sexuais, diz IBGE

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Preservativos (Reprodução)
O estudo apresenta indicadores dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental

Yanne Vieira

Nesta quarta-feira (13), o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divulgou uma série de pesquisas sobre a saúde dos adolescentes e suas tendências nos últimos 10 anos. O estudo experimental da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) apresenta indicadores dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental.

De acordo com a pesquisa, o percentual de jovens que já tiveram relações sexuais passou de 27,9% em 2009 para 28,5% em 2019, enquanto o percentual dos que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%.

O indicador de iniciação sexual vem apresentando estabilidade ao longo dos anos, mas apresenta comportamentos diferenciados por sexo e rede de ensino.

Para os meninos, a tendência é de queda, chegando a um decréscimo de 5,8% ao ano na chance de iniciação, acumulando uma variação de 45,2% para os meninos da rede pública. Já a chance de as meninas iniciarem a vida sexual aumentou em torno de 4,0% a cada ano, com uma variação de cerca 41,0% no período de 2009-2019 para as meninas de ambas as redes.

Nas capitais, o percentual de jovens que já tinham tido relações sexuais passou de 27,9% em 2009 para 28,5% em 2019.

Ao longo de toda a série, os meninos têm uma maior taxa de iniciação sexual; contudo, a taxa de iniciação sexual das meninas entre 2009 e 2019 aumentou de 16,9% para 22,6%, enquanto a dos meninos caiu de 40,2% para 34,6%”, destaca o gerente da PeNSE, Marco Andreazzi.

De acordo com os dados do estudo, o uso de preservativo na última relação, entre os escolares que já tiveram relação sexual, apresentou tendência de queda, cuja chance de uso teve um decréscimo de 7,0% ao ano entre 2009 e 2019 e de 51,3% no acumulado em 10 anos.

Nas capitais, o percentual de escolares que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59% de 2009 a 2019. Entre as meninas, foi de 69,1% para 53,5% e, entre os meninos, de 74,1% para 62,8%.

Riscos

Além de impedir uma gravidez indesejada, o preservativo evita as infecções sexualmente transmitidas (IST), como herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C, infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV). De acordo com o Ministério da Saúde, as IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas.

Sobre o estudo

A PeNSE traz informações sobre alimentação, atividade física, cigarro, álcool, outras drogas, além de situações em casa e na escola, saúde mental, saúde sexual e reprodutiva, higiene e saúde bucal, segurança, uso dos serviços de saúde, características gerais dos escolares, características do ambiente escolar, entre outros. A pesquisa é feita em parceria com o Ministério da Saúde e o apoio do Ministério da Educação.

miseria.com.br

15.07.2022