Autor Lucas Barbosa
O Ceará é o estado com a maior proporção de mulheres no Brasil. Ao todo, são 426 mil mulheres a mais que homens no Estado. Elas são 52,3% dos 9,238 milhões cearenses, ou seja, 4,832 milhões. Eles, por outro lado, são 47,7% da população cearense — 4,406 milhões, portanto.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua — Características Gerais dos Moradores e foram divulgados nesta sexta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números, referentes a 2021, mostram ainda que, em todo o País, as mulheres também são maioria: representavam 51,1% dos 212,7 milhões de habitantes do País, ou seja 108,7 milhões — os homens são 48,9%, ou seja, 103,9 milhões. Isso significa que, no Brasil, para cada 100 mulheres, existem 95,6 homens.
Apenas seis estados brasileiros têm mais homens que mulheres: Santa Catarina, Acre, Tocantins, Pará, Mato Grosso e Amazonas. Se o Ceará é o estado com a menor proporção de homens do País, o Amazonas é o estado brasileiro com maior proporção masculina, com 51,5% de homens.
Entre as regiões, apenas no Norte, há mais homens que mulheres. Lá, são 103,3 pessoas do sexo masculino para cada 100 do sexo feminino.
De acordo com o IBGE, desde a última medição, em 2012, não houve diferença significativa na proporção de homens e mulheres no País. Para Gustavo Fontes, analista da pesquisa, as diferenças por sexo podem ter relação com fluxos migratórios e a diferença de mortalidade.
“Um dos fatores que pode influenciar é o tipo de atividade econômica exercida em cada região. Nas fronteiras agrícolas e minerais, por exemplo, o tipo de trabalho atrai mais a mão de obra masculina”, diz.
O IBGE também identificou que há uma tendência de queda na razão de sexo com o aumento da idade. Entre pessoas de 25 a 29 anos, há um número semelhante, mas, a partir dos 30, a proporção de mulheres passa a ser maior. Já na faixa dos 60 anos ou mais, para cada 100 mulheres, há 78,8 homens.
“Um dos fatores que pode influenciar é o tipo de atividade econômica exercida em cada região. Nas fronteiras agrícolas e minerais, por exemplo, o tipo de trabalho atrai mais a mão de obra masculina”, diz.
O IBGE também identificou que há uma tendência de queda na razão de sexo com o aumento da idade. Entre pessoas de 25 a 29 anos, há um número semelhante, mas, a partir dos 30, a proporção de mulheres passa a ser maior. Já na faixa dos 60 anos ou mais, para cada 100 mulheres, há 78,8 homens.
“A população masculina tem um padrão mais jovem”, diz Fontes. “Nascem mais homens do que mulheres, mas essa diferença vai diminuindo à medida que a idade avança, já que a mortalidade tende a ser maior entre eles”.
Conforme o IBGE, nesta edição da PNAD Contínua, ainda não são sentidos os efeitos da pandemia, como a queda no número de nascimentos e o aumento dos óbitos.
“Com os resultados do Censo 2022, esses parâmetros serão atualizados”, diz Gustavo Fontes. O Censo começa a ser realizado em 1º de agosto próximo.
opovo.com.br
23.07.2022