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A baixa representação feminina na disputa pela sucessão ao Governo do Ceará

A baixa representação feminina na disputa pela sucessão ao Governo do Ceará

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Reprodução
Das seis chapas, apenas uma é composta por mulher

Viviane Bastos

Em toda a história do Ceará, somente em 2022 o estado esteve sob o comando efetivo de uma mulher. Izolda Cela (sem partido) assumiu o Governo do Ceará em abril. A trajetória da chefe do Executivo estadual, desde então, trouxe à tona o debate sobre a representatividade da mulher na política.

Aliados da governadora defendiam seu direito legítimo em concorrer à reeleição, no entanto, o partido ao qual era filiada, por meio de votação, escolheu um homem para ser o candidato à sucessão estadual. Motivo suficiente para levar Izolda a se desfiliar da legenda.

Após o episódio, que chamou atenção para o que especialistas classificaram como violência política de gênero, à época, pré-candidatos cogitavam e defendiam participações femininas nas chapas, porém, apenas uma das seis oficializou uma mulher: Jade Romero (MDB), candidata a vice-governadora, ao lado de Elmano Freitas (PT).

A então pré-candidata pelo PSOL, Adelita Monteiro, que seria um nome na corrida ao Abolição, decidiu retirar sua candidatura a pedido do ex-presidente Lula (PT) para apoiar Elmano.

Participação da mulher na vida política

As mulheres, sem dúvida, encontram grandes dificuldades em ocupar espaços de poder. Porém, não reivindicar a ocupação desses espaços nos deixa à margem de processos de elaborações de políticas públicas.

A sub-representação da mulher na política pode trazer consequências indesejáveis, isso porque, sem a nossa presença, pautas femininas importantes podem não avançar. Principalmente no que diz respeito ao combate à violência contra a mulher.

É evidente que já evoluímos na questão da representação da mulher como política em um cenário geral. Há representantes nas Câmaras Municipais e nas Assembleias, assim como na Câmara Federal e no Senado. Porém, ainda precisamos avançar. Afinal, como dizia a filósofa francesa, Simone de Beauvoir, esses direitos não não permanentes.

O engajamento de mulheres tem se tornado maior e, de fato, isso tem aberto os olhos para a importância do feminino no fortalecimento da democracia brasileira.

miseria.com.br

12.08.2022