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Wagner sobre críticas de RC ao governo Camilo: "Tá faltando mea culpa"

Wagner sobre críticas de RC ao governo Camilo: "Tá faltando mea culpa"

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Segundo Wagner, críticas de Roberto Cláudio a Camilo carecem de mea culpa por parte do pedetista (foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo)
Para o candidato, problemas atribuídos por Roberto Cláudio à gestão Camilo também têm corresponsabilidade do pedetista.

Autor Luciano Cesário

O candidato do União Brasil ao Governo do Ceará, Capitão Wagner, pediu que o adversário, Roberto Cláudio (PDT), faça mea culpa em relação às críticas endereçadas ao ex-governador Camilo Santana. Nesta segunda-feira, 8, durante sabatina no Uol/Folha de S.Paulo, o pedetista disse que o avanço das facções criminosas e as filas de espera em hospitais públicos são os “problemas não resolvidos” pelo governo Camilo.

Segundo Wagner, a postura do adversário é a de quem “tenta ignorar um passado não muito distante”. Ele afirma que, se os problemas existem, há uma corresponsabilidade do próprio RC. “Quando o candidato apresentou o problema das facções e da saúde ele deveria fazer uma mea culpa, pois ele fazia parte da gestão até um dia desse”, falou Wagner ao O POVO, logo após participar de fórum, em Fortaleza, com representantes de associações de magistrados, defensores públicos e auditores fiscais.

Ele acrescentou que, em relação ao avanço da criminalidade, RC “não tem bons exemplos para dar ao Estado e aos cearenses”. “Enquanto ele era prefeito, Fortaleza foi considerada a cidade mais violenta do Brasil. Tá faltando mea culpa”, repetiu Wagner. “O grupo que está no poder, inclusive o candidato que aponta a falha fazia parte, teve 16 anos para resolver isso e não resolveu”, continuou.

O candidato ainda afirmou que, para combater a criminalidade, é preciso que o governante tenha “pulso firme” e “coragem”, mas admitiu que o enfrentamento não é tarefa fácil. “É uma questão complexa, mas há mecanismos para resolver. Estamos estudando desde parcerias com o FBI [a Polícia Federal dos Estados Unidos] até colher opiniões de especialistas”. Na próxima quarta-feira, 10, Wagner se reunirá, em Brasília, com o ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltramo, de quem pretende colher sugestões para seu plano de governo na área da Segurança.

Sobre as filas de espera no serviço de saúde pública, o candidato aponta "desvio de prioridades" do Governo do Estado como o maior obstáculo para o avanço do atendimento. "O que a gente viu, nesses últimos anos, foi o Governo priorizando foi a construção [de hospitais] ao invés de empreender esforços para fazê-los funcionar", ressaltou, citando como exemplo o Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim, inaugurado em 2014, onde, segundo o candidato, ainda não há serviço de urgência e emergência médica em operação.

Na sabatina, ao mencionar o que considera ser as principais falhas da gestão de Camilo Santana, Roberto Cláudio negou que as críticas tenham motivações políticas. “(...) Não quero personalizar, nunca fiz política contra as pessoas, muito menos conseguirei ser desonesto no que acredito (...) mas é inegável que boa parte da população cearense vive assustada pelo poder perigoso, pernicioso, que as facções criminosas ainda exercem em muitas regiões”, destacou ao ser questionado sobre os desafios na área da Segurança Pública no Estado.

Apesar das menções negativas ao ex-governador e agora adversário político, RC afirmou que pretende fazer uma campanha livre "de quaisquer amarras", sem ataques pessoais e reconhecendo os méritos e avanços que precisam ser mantidos. 

opovo.com.br

09.08.2022