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Como captar recursos para projetos na área do esporte

Como captar recursos para projetos na área do esporte

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Projetos na área do esporte têm impacto fundamental na sociedade Crédito: Adobe Stock


Além das leis nacionais, estaduais e municipais de Incentivo ao Esporte, empresas costumam lançar editais; saiba onde procurar.

Autor O POVO Lab

A captação de recursos de instituições públicas e privadas é responsável pela manutenção de grande parte de projetos na área do esporte no Brasil, especialmente os voltados para desenvolvimento de crianças e jovens e assistência social. O que nem todo mundo sabe é que, para além dos incentivos governamentais, há uma infinidade de outros editais e programas da iniciativa privada que oferecem aporte financeiro para a criação e permanência desses projetos.

Segundo Elisabete Laurindo de Souza, graduada em Educação Física e mestre em Gestão de Políticas Públicas, as empresas são fontes riquíssimas de patrocínios de projetos esportivos. A gestora cita como exemplos de companhias fomentadoras do esporte a Ambev, Weg, Mapfre, Porto Seguro, Eletrobras e o projeto Criança Esperança. Bancos como Itaú, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e cooperativas de crédito como Sicoob e Sicredi também costumam lançar editais próprios.

Para aproveitar as oportunidades de captação, os profissionais da área que buscam apoio devem estar atentos aos editais e buscar capacitação técnica para atender aos critérios exigidos. “A maior dificuldade que vejo é ter capital intelectual para isso; montar uma equipe que se dedique a esse tipo de atitude. O movimento é inerente à educação física, gostamos de coisas práticas. Mas esse é um campo aberto para desenvolver projetos”, afirma a professora.

Elisabete destaca que, atualmente, todas as grandes empresas têm como obrigatória a comprovação de função social. Portanto, quem deseja buscar incentivo deve mapear, na localidade onde será sediado o projeto, as empresas que têm esse compromisso.

“Normalmente, há projetos nas linhas de sustentabilidade e projetos sociais voltados para cultura e esporte. Muitas vezes, as empresas querem investir em um lugar específico, reformá-lo, deixar mais agradável para a população. O esporte está em quase todos os editais”, destaca.

Na gestão pública, os grandes incentivadores de projetos são as leis nacionais, estaduais e municipais de Incentivo ao Esporte, que são mais complexas do ponto de vista documental, mas geram grandes oportunidades para quem busca suporte financeiro. Outra opção, segundo Elisabete, é manter contato com parlamentares estaduais e federais que atuam em prol do esporte, já que muitas emendas costumam ser destinadas a projetos sociais.

A professora destaca que esses projetos têm impacto fundamental na sociedade, pois possibilitam, para além da prática esportiva, a aquisição de valores, habilidades socioemocionais e direito ao lazer. “Esse é o nosso maior capital social: a diferença que a gente faz na vida das pessoas. Dependendo do projeto, nós conseguimos beneficiar pessoas que descobrem novos talentos, novas características, que se relacionam com pessoas, que passam a ter um dia a dia mais feliz”, completa.

Incentivo ao esporte no Ceará

Assim como ocorre nos demais estados da Federação, a Lei de Incentivo ao Esporte do Ceará funciona através do incentivo fiscal a empresas contribuintes de ICMS no Estado, que podem patrocinar ou doar até 2% do imposto devido para projetos desportivos ou paradesportivos por mês. Para participar do programa, os projetos devem ser aprovados nos editais lançados pela Secretaria Estadual do Esporte, com dedução fiscal de 100% do valor aportado.

Segundo o titular da Secretaria do Esporte do Ceará, Rogério Pinheiro, mais de R$ 40 milhões foram captados através da lei estadual entre 2018 e 2023. Ao todo, mais de 180 projetos esportivos foram contemplados, beneficiando mais de 200 mil pessoas.

“Os projetos esportivos têm um importante papel na promoção da cidadania, pois desenvolvem e fortalecem nos beneficiados valores construtivos como companheirismo, coletividade, autocontrole, respeito às regras e autossuperação”, destaca Pinheiro.

Entre os projetos contemplados estão o TEA Mar, da Associação Fortaleza Azul (FAZ), que ensina crianças e adolescentes autistas a praticar stand up paddle; o Vem Pra Vela, voltado para crianças e adolescentes de escolas públicas que querem aprender a modalidade; e grandes eventos esportivos, como o Mundial de Kitesurf, na praia do Preá.

Gestão Multidisciplinar do Esporte

Realizado pela Fundação Demócrito Rocha (FDR), o curso Gestão Multidisciplinar do Esporte tem dois módulos dedicados à captação de recursos. São eles “Captação de recursos para implementação de projetos na área do esporte" e "Gestão financeira de recursos públicos na implantação de projetos para o esporte". Ambos contam com a participação da professora Elisabete Laurindo de Souza. O módulo sobre gestão conta, ainda, com a autoria do professor Edegilson de Souza.

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12.06.2023