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TSE nega retorno do prefeito de Iguatu e do vice ao cargo; eleições na cidade continuam suspensas

TSE nega retorno do prefeito de Iguatu e do vice ao cargo; eleições na cidade continuam suspensas

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Legenda: TSE nega pedido de Ednaldo Lavor para retornar ao cargo de prefeito após ser cassado pelo TRE-CE
Foto: Reprodução/Facebook

Prefeito eleito em 2020, Ednaldo Lavor foi cassado em 2022 pelo TRE-CE por abuso de poder político

Escrito por Luana Barros

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou pedido de Ednaldo Lavor (PSD) para retornar ao cargo de prefeito de Iguatu. Eleito em 2020, Lavor e o vice, Franklin Bezerra, foram cassados, em julho de 2022, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) por abuso de poder político

A nova decisão é da última quarta-feira (5) e foi publicada nesta terça-feira (11). No documento, o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, apesar de negar a volta de prefeito e vice cassados ao cargo, reforçou a suspensão de eleições suplementares no municípios até que o TSE possa julgar o recurso.

Segundo o texto, não existe "perigo de demora", conforme alegado pela defesa de Lavor, e uma "nova alteração na chefia do Poder Executivo do Município, traduziria nítida situação de instabilidade institucional, em prejuízo aos munícipes". Atualmente, o presidente da Câmara Municipal de Iguatu, Ronald Bezerra, exerce o cargo de prefeito interino na cidade. 

Novas eleições em Iguatu chegaram a ser agendadas para o dia 5 de fevereiro deste ano, mas já tinha sido suspensas pela Justiça Eleitoral. Por enquanto, não há data para o TSE analisar o recurso ajuizado por Lavor contra a cassação. 

ENTENDA

O TRE-CE cassou, em julho de 2022, o prefeito eleito de Iguatu, Ednaldo Lavor, e o vice, Franklin Bezerra. Ambos foram cassados no final por abuso de poder político. Eles também foram condenados a uma multa de R$ 50 mil por aglomeração em infringência às normas sanitárias em razão da pandemia da Covid-19.

Além disso, foi declarada a inelegibilidade de Ednaldo Lavor por oito anos, a contar da eleição de 2020. 

Em publicação no Instagram, na época da condenação, Ednaldo Lavor disse que deve recorrer ao TSE e defendeu que o "processo virou essencialmente político". Ele lembrou que a 1ª instância da Justiça Eleitoral decidiu pela improcedência da ação – o que acabou revertido pelo pleno do TRE-CE.

"Estamos confiantes e vamos, com a proteção de Deus, vencer mais essa batalha. Que a liberdade e o respeito à vontade do povo prevaleçam sempre", completa. 

Segundo o processo que resultou na condenação da chapa eleita para Prefeitura de Iguatu, durante a campanha eleitoral de 2020, foram utilizados os canais institucionais para promoção da candidatura do então prefeito e candidato à reeleição.

No último pedido para retornar ao cargo, negado pelo TSE, a defesa do prefeito cassado alega que Ednaldo Lavor e Franklin Bezerra "se encontram afastados - ilegalmente, como há de ser comprovado no julgamento do Recurso Especial - há mais de 06 (seis) meses, com a ocupação da Chefia do Executivo por interino, em um cenário de verdadeira instabilidade política, com prejuízo individual e coletivo irreparáveis".

diariodonordeste.verdesmares.com.br

12.07.2023