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'Fantástico' relembra caso do menino que vivia dentro de bolha

'Fantástico' relembra caso do menino que vivia dentro de bolha

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Legenda: David Vetter viveu toda a sua vida em um ambiente estéril
Foto: Reprodução Fantástico

História foi destaque no programa no ano de 1975 e relembrada nesse domingo (6)

Escrito por Redação

Em setembro de 1975, a história do menino americano David Phillip Vetter foi destaque do 'Fantástico' devido a uma doença rara que o obrigava a viver dentro de um ambiente estéril, semelhante a uma bolha de plástico, em um hospital em Massachusetts, nos Estados Unidos.

Segundo informações do Uol, David nasceu com imunodeficiência combinada severa (SCID, na sigla em inglês), mesma patologia do irmão mais velho, que faleceu aos sete meses de vida. 

A enfermidade genética causa uma desordem no sistema imunológico, deixando a pessoa mais suscetível a enfrentar infecções e outras doenças, podendo ser fatal.

Assim que a criança nasceu, foi colocada em uma cama esterilizada, em um ambiente de plástico aonde nenhum germe poderia chegar. A bolha acabou sendo sua casa até o fim da vida.  

Nos primeiros anos de vida, David passou a maior parte de seu tempo em um hospital no Texas. Quando ficou mais velho, pôde se mudar para casa, porém, seguindo condições de limpeza e isolamento.

Em um tipo de "casa-bolha", o local onde David ficava era uma espécie de câmera estéril, e tudo deveria ser devidamente limpo antes de entrar em contado com o menino: água, alimentos, fraldas e roupas.

Os objetos e itens de higiene eram colocados em esterilização por cerca de quatro horas e depois passavam pelo menos sete dias em um local arejado, só depois disso poderiam ser enviados a David. Além disso, a criança só podia ser tocada através de uma luva especial, colocada na parede da câmera estéril.

David
Legenda: Em um tipo de casa bolha, o local onde David ficava era uma espécie de câmera estéril, e tudo deveria ser devidamente limpo antes de entrar em contado com o menino
Foto: Reprodução Fantástico

Mesmo com todas as restrições, os pais do menino fizeram com que ele vivesse da forma mais normal possível. Ele foi alfabetizado e educado, e tinha uma TV e uma sala de jogos dentro da bolha.

Após sua trajetória ficar famosa nos EUA, a Nasa se comoveu e, em 1977, pesquisadores fabricaram um traje especial para que o menino pudesse sair um pouco da bolha sem o risco de contaminação. Após passar por inúmeros testes ainda dentro da câmera, o menino conseguiu deixar a bolha algumas vezes usando o traje. 

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

Depois de gastar uma fortuna para manter os cuidados de David, os pais optaram por um transplante de medula óssea, após a comunidade médica achar que o procedimento poderia ser uma solução para o garoto. A doadora foi sua irmã mais velha.

David não rejeitou o transplante, mas após a cirurgia foi diagnosticado com mononucleose infecciosa e ele morreu 15 dias depois, em 22 de fevereiro de 1984, aos 12 anos.

Com a morte do menino, os pais não aguentaram a pressão e se separaram, ainda segundo reportagem do Uol. Contudo, a história dele serviu como inspiração para diversas produções audiovisuais que se tornaram famosas na história do cinema e da televisão norte-americana.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

07.08.2023