Autor Guilherme Gonsalves
O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza André Fernandes (PL) teve o escritório político, localizado na avenida Barão de Studart, vandalizado durante protesto. Boneco com o rosto do parlamentar foi queimado pelo grupo Levante Popular da Juventude, na madrugada desta segunda-feira, 1, por volta das 5h20 da manhã.
O grupo promoveu atos em frente às residências de políticos e personalidades da direita que, de acordo com eles, foram articuladores da tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes em Brasília. Os atos acontecem na data que marca 60 anos do Golpe Militar.
Atos semelhantes ao que aconteceu no comitê de André Fernandes também foram realizados contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e os deputados federais Clarissa Tércio (PP-PE), Carlos Nicoletti (União-PR) e Silvia Waiãpi (PL-AP) e Pedro Lupion (PP-PR).
A coordenadora nacional do movimento, Amanda Primo, afirmou que André Fernandes é "herdeiro desse legado sombrio da ditadura militar no Brasil", e no Ceará cumpre o papel de "representar o que há de mais ideológico da extrema-direita no Estado" e não irá parar de denunciá-lo até que "seja responsabilizado pelos atos contra a democracia".
Ao O POVO, André afirmou não estranhar que a ação tenha sido acompanhada de cinegrafista e fotógrafo, pois, como pré-candidato a prefeito de Fortaleza, é necessário que os seus adversários produzam conteúdo visual para achacar a sua imagem, manipulando a realidade.
"É duro fazer oposição aos poderes de plantão no Paço Municipal e no Palácio da Abolição, bem como apresentar crescimento na pesquisa de intenção de votos. Sigo firme e confiante na proteção divina e apegado a certeza de que a honrosa polícia do Ceará vai identificar os responsáveis por mais esse ato de agressão à todos aqueles que represento democraticamente", disse o parlamentar.
André Fernandes também afirmou que irá tomar providências e alguns dos integrantes dos atos já foram identificados, mas ele ainda irá a delegacia registrar o Boletim de Ocorrência (BO) e soliticar a identificação de todos os envolvidos.
No Instagram, o parlamentar se referiu aos responsáveis como "grupo de criminosos" e disse que o ato de queimar o boneco configura "clara ameaça". Afirmou ainda que "se trata de movimentos ligados ao PT".
opovo.com.br
Cariri Ativo
02.04.2024