O
casal, de acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, criou cerca de 235
chaves pix distintas para executar a fraude
Autor Gabriel Damasceno
A influenciadora
Regina Belo e o humorista Aldanísio Paiva foram presos na manhã dessa
quinta-feira, 13, em Fortaleza, suspeitos
de desviar o dinheiro de doações às vítimas das enchentes no
Rio Grande do Sul (RS). O casal, de acordo com a Polícia Civil do RS, criou
cerca de 235 chaves pix distintas para
executar a fraude.
O golpe consistia na
criação de chaves pix similares às utilizadas em campanhas de arrecadação para
o resgate de animais, criadas por duas influenciadoras gaúchas.
Os suspeitos alteravam
apenas um dígito das chaves verdadeiras. O objetivo era se aproveitar do erro de possíveis contribuintes.
“[As influenciadoras]
verificaram que pessoas estavam fazendo doações e encaminhando comprovantes de
transferência para contas que não
eram as delas. Estavam no nome de uma outra pessoa”, explica o
delegado Eibert Moreira Neto, da Polícia Civil do RS.
“Elas alertaram os seguidores e denunciaram à
Polícia Civil. Nós começamos a investigar e identificamos as contas para as
quais as transferências eram feitas”, adiciona.
A partir dos
comprovantes, os policiais identificaram dois idosos do estado do Ceará. Eles,
no entanto, não eram os autores da fraude. O casal preso nessa quinta se passava por eles por meio de documentos
falsos.
“Eles falsificaram os
documentos, colocaram as fotografias deles [dos idosos] e abriram as contas,
das quais as chaves pix eram geradas.”
Os idosos não foram as
únicas vítimas do casal. Apenas no mês de maio, os suspeitos criaram chaves
novas todos os dias, sempre a partir de contas abertas com documentos falsos.
O casal foi alvo de
dois mandados de prisão de busca e apreensão. Eles foram presos em flagrante
por falsificação de documentos, pois
vários documentos falsos foram encontrados durante as buscas.
A ação é decorrente da
operação "Dilúvio Moral", desenvolvida por uma força-tarefa do
Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que busca reprimir
práticas criminosas virtuais que se utilizem da atual situação do Rio Grande do
Sul para obter vantagens de
qualquer natureza.
Até o momento, mais de
60 casos são analisados pelo grupo. Mais de 70% deles já foram concluídos. 71 páginas, contas e publicações criminosas já
foram retiradas do ar.
opovo.com.br
Cariri Ativo
14.06.2024