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Justiça cearense procura condenado por matar jovem durante festa em Fortaleza em 2017

Justiça cearense procura condenado por matar jovem durante festa em Fortaleza em 2017

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Imagem de apoio ilustrativo. Acusados de matar vereador em 2005 em Limoeiro do Norte são absolvidos Crédito: Reprodução/ Internet
O crime teria sido motivado porque a dupla visava "ganhar projeção no mundo da criminalidade"

Autor Luíza Vieira

Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) segue à procura de um membro da facção criminosa Comando Vermelho (CV) condenado a 19 anos e três meses de prisão por assassinar um jovem de 14 anos durante uma festa no bairro Demócrito Rocha, em Fortaleza, em 2017. O homem está foragido desde a data do crime.

Francisco Antônio de Sousa Alves, conhecido como “Irmãozinho”, foi sentenciado no último dia 12 de junho. De acordo com a juíza que proferiu a sentença, o homicídio é classificado como triplamente qualificado e o mandado de prisão segue pendente de cumprimento.

“As circunstâncias do delito traduzem a gravidade concreta da conduta imputada ao réu, praticada em concurso de pessoas e com extrema violência, consistente em homicídio triplamente qualificado, mediante diversos disparos de arma de fogo em plena via pública, dos quais nove disparos atingiram a vítima, que era um adolescente de 14 anos de idade”, segue a denúncia.

“São circunstâncias que evidenciam a periculosidade do acusado, justificando a manutenção da medida extrema para garantia da ordem pública”.

Na peça, a magistrada reitera que “como não foi possível intimá-lo pessoalmente, pelo presente edital fica intimado da mencionada sentença, da qual poderá interpor, dentro de 5 dias, o recurso cabível, sob pena de ver passar em julgado”.

Segundo a acusação, Antônio e seu colega, Alexandre Max Moura Miranda (que morreu no decorrer da instrução processual) agiram em conjunto e com uso de arma de fogo para assassinar Franceilton de Almeida Sales, o “Nenê”.

O jovem, de 14 anos, estava acompanhado de um amigo em uma festa de reggae que ocorria semanalmente às quartas-feiras. Na ocasião, os acusados localizaram o alvo e sacaram armas de fogo e “sem qualquer nova conversa ou discussão passaram a efetuar, impiedosamente, vários disparos em direção ao adolescente”.

Em seguida, os atiradores deixaram o local do crime sem demonstrar preocupação e “com indiferença aos populares que presenciaram a cena”.

O crime teria sido motivado porque a dupla visava “ganhar projeção no mundo da criminalidade (possivelmente dentro da própria organização criminosa a que eram ligados, que, segundo a Autoridade Policial, seria o Comando Vermelho)”.

Em outubro de 2023 a Justiça decidiu que Francisco iria a júri popular. Na sentença, a juíza esclareceu que ao longo dos sete anos já houve várias diligências “empreendidas na tentativa de sua localização”.

opovo.com.br

Cariri Ativo

29.07.2024