Países tropicais e pobres estariam entre as nações mais suscetíveis ao problema
A jornalistas em Genebra, na Suíça, o representante da organização destacou que, atualmente, a Nigéria vive um momento de escassez crítica de antídoto devido ao aumento de casos adicionais de picadas de cobra causados por enchentes.
E esse é um problema que ocorre em muitas áreas do mundo onde esse tipo de desastre acontece regularmente."
A OMS também alertou que mudanças climáticas podem ainda alterar a distribuição e a abundância de cobras venenosas, possivelmente expondo países anteriormente não afetados aos perigos.
5,11% das vítimas morrem
A OMS estima que 2,7 milhões de pessoas são picadas por serpentes venenosas anualmente. Desse número, cerca de 5,11% falecem em decorrência de complicações causadas pelas toxinas, principalmente crianças. A maioria desses indivíduos vivem em regiões tropicais e pobres.
Quando atacadas, as vítimas podem apresentar paralisia que impede a respiração, distúrbios hemorrágicos que podem levar à hemorragia fatal, insuficiência renal irreversível e danos aos tecidos que podem causar incapacidade permanente e perda de membros.
Devido à picada de cobras no mundo, diz Williams
Williams afirma que um dos problemas é que algumas regiões do mundo não tinham tratamentos seguros e eficazes disponíveis. A África Subsaariana, por exemplo, tem acesso a apenas 2,5% dos tratamentos que estima necessitar.
A OMS detalhou, em 2019, que a produção de antídotos foi abandonada por várias empresas desde a década de 1980, desencadeando uma grave escassez na África e em alguns países asiáticos.
Conforme Williams, a Índia é a nação mais afetada do mundo, com cerca de 58 mil pessoas morrendo devido a picadas de cobra todos os anos, enquanto os vizinhos Bangladesh e Paquistão também são duramente atingidos.
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Cariri Ativo
18.09.2024