Operação Aruanda, encabeçada pela Polícia Civil, tinha como alvo grupo suspeito de produzir, vender e até prescrever diversos produtos produzidos com substância ilegal no Brasil
"Especializado para a região íntima rico em canabinoides. Ao aplicar diretamente na vagina, outros neurotransmissores são ativados e liberados no nosso corpo, em especial o óxido nítrico", afirmava uma das propagandas divulgadas pelo grupo criminoso.
A propaganda também descrevia o "Xapa Xana" como responsável por estimular a área íntima, tratando fissuras e ressecamento vaginal, por exemplo. "Nosso lub das deusas, perfeito e sem defeitos. É feito com flores da cannabis orgânica", completava a descrição no site.
Outros crimes
Além da venda do lubrificante, o grupo é acusado de realizar anamnese, indicar posologia, praticar curandeirismo e exercício ilegal da medicina. Os produtos eram produzidos em um laboratório de Pirenópolis (GO), onde também eram fabricados comestíveis à base de cogumelos (psilocibina) alucinógenos e maconha.
A investigação aponta que os produtos não possuíam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a comercialização ocorria em todo o Brasil, mas com foco no Distrito Federal.
Animais também eram alvo do grupo criminoso, que chegou a prescrever substâncias para animais de estimação e enviava as drogas para uma médica veterinária no DF. Brownies e chocolates para consumo humano também estavam na cartela de produtos vendidos.
Dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Anápolis (GO), Pirenópolis (GO) e no Distrito Federal. Dois investigados foram presos em flagrante.
"Os envolvidos responderão por crimes como exercício ilegal da medicina, curandeirismo, charlatanismo, tráfico de drogas interestadual, associação para o tráfico e disseminação de espécies que possam causar danos ao meio ambiente, podendo pegar até 39 anos de reclusão", apontou a PCDF, em nota.
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Cariri Ativo
26.09.2024