Tema foi revelado durante um show dele em Pernambuco, há uma semana.
"Foi à beira do abismo que sempre andei, desde menino. Tudo em excesso, alegria demais, tristeza demais, amor demais, ódio demais. No avesso de toda alma que hospeda a melancolia, eram muitas loucuras, muitos delírios. Desta particularidade, nascem minhas riquezas, mas também os meus limites", declarou o padre.
Minha alma sob sombra tem o hábito de viver nas alegrias, consciente de que elas estão terminando. Sim, antes mesmo que se findem, já estou chorando de saudade delas. Quando vem a tristeza, sou invadido pela convicção de que será definitiva.
Não é a primeira vez que Fábio de Mello revela problemas relacionados à saúde mental. Os episódios foram recorrentes em certo momento da vida do padre. Desta vez, ele admitiu que tem feito uso de medicamentos para tratar a questão.
"Este sou eu, um ser melancólico que, de vez em quando, adoece de tanta tristeza. Tristeza não é doença, eu sei, mas às vezes é. Quando sinto que está retirando a minha vontade de viver, preciso dar ao meu cérebro um amparo químico, uma ajuda para que os excessos doentios voltem a ser excessos criativos. O grande desafio, minha gente, é chegar à medida exata. Curar a tristeza, mas sem que a medicação me roube a poesia", sinalizou.
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Cariri Ativo
27.01.2025