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Advogada sofre ameaças após denúncia contra soldado israelense investigado no Brasil

Advogada sofre ameaças após denúncia contra soldado israelense investigado no Brasil

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Legenda: Filha da advogada também foi alvo de ataques
Foto: Reprodução/Instagram

Maira Pinheiro foi alvo de ameaças de morte e insultos sexistas, além de ter dados pessoais vazados.


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A advogada Maira Pinheiro, que entrou com uma ação na Justiça contra um soldado israelense que atuou na guerra em Gaza e que estava de férias no Brasil, revelou ter sido vítima de ameaças de morte e insultos sexistas nas redes sociais, além de ter dados pessoais vazados. A filha da advogada também foi alvo de ataques.

"Passei as últimas horas revisando minha caixa de mensagens e explorando alguns cantos obscuros das redes sociais, documentando todas as ameaças ataques que identifiquei, juntamente com as URLs dos perfis envolvidos. Esses ataques, que buscam me intimidar no exercício da minha profissão, podem configurar o crime de coação no curso do processo, previsto no artigo 344 do Código Penal, com pena de até quatro anos", declarou em nota publicada no Instagram no último domingo (5).

Em seguida, a advogada afirmou que as informações foram encaminhadas à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal, à Polícia Civil de São Paulo, ao Ministério Público do Estado de São Paulo e às instâncias competentes da OAB. "Também estou sendo orientada sobre os trâmites para adesão ao Programa Nacional de Proteção de Defensores de Direitos Humanos", acrescentou.

Maira é advogada da The Hind Rajab Foundation (HRF), uma uma organização internacional de defesa dos palestinos. Nas redes sociais, a HRF também se pronunciou sobre os ataques direcionados a Maira. "A HRF condena veementemente os ataques vil e covardes que visam a nossa advogada no Brasil, Maira Pinheiro", diz um trecho do texto.

Entenda o caso

A Justiça do Brasil acatou um pedido da Fundação Hind Rajab (HRF), no dia 30 de dezembro de 2024, para que o soldado Yuval Vagdani fosse investigado pela Polícia Federal. O militar israelense é membro da 432º Batalhão das Brigadas Givati e acusado de praticar crimes de guerra na Faixa de Gaza.

Yuval Vagdani estava de férias no Brasil no mês de dezembro de 2024. Ele estaria no Morro de São Paulo, na Bahia, com amigos. Após a decisão judicial para a PF investigá-lo, o militar deixou o Brasil, no início deste domingo (5).

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

07.01.2025