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BYD anuncia fim de contrato com empreiteira chinesa após denúncias de trabalho análogo à escravidão na Bahia

BYD anuncia fim de contrato com empreiteira chinesa após denúncias de trabalho análogo à escravidão na Bahia

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Legenda: Fábrica da BYD na Bahia
Foto: Divulgação

Obra está parcialmente embargada; uma empreiteira brasileira ficará responsável pelas instalações.


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br

Após as denúncias de trabalhos análogos à escravidão, a BYD anunciou fim de contrato com a construtora chinesa Jinjiang, responsável por trazer os imigrantes asiáticos para trabalharem em Camaçari, na Bahia. As informações são do Uol.

Ao todo, 163 trabalhadores de obras foram resgatados no mês passado. O Ministério Público do Trabalho (MPT) estipulou uma série de mudanças para manter o funcionamento da construção da fábrica da BYD no Brasil. A obra está parcialmente embargada.

Em comunicado, a BYD detalhou que uma empreiteira brasileira ficará responsável pelas instalações mais problemáticas. Além disso, deverá existir uma auditoria interna com "total liberdade para atuar na correção de qualquer eventual problema que possa surgir". 

Um comitê de compliance foi formado com advogados, especialistas em Direito do Trabalho, representante da BYD e consultores de engenharia. Eles já tiveram as primeiras reuniões. 

Os 163 trabalhadores chineses já retornaram para a Ásia, após receberem verbas rescisórias pela Jinjiang. 

Entenda o caso

Em dezembro de 2024, a obra e os alojamentos foram interditados depois de 163 trabalhadores serem resgatados de um canteiro de obras. No dia 26 do mesmo mês, uma audiência virtual foi realizada para que a BYD e a empresa Jinjiang apresentassem provas de que as operações teriam condições mínimas de trabalho para continuar.

A operação de resgate fez parte de uma série de fiscalizações que envolveram o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Defensoria Pública da União (DPU), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF).

No local, foi constatado que a jornada de trabalho dos operários era de dez horas diárias, e se agravava pela ausência de folgas.

Um trabalhador que sofreu um acidente de trabalho estava há 25 dias sem folgar, e ao ser entrevistado por agentes, ele informou que a rotina exaustiva pode ter causado seu acidente por conta do sono e cansaço

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

17.01.2025