Autor Sofia Herrero
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou na Polícia Federal um pedido de abertura de inquérito para identificar os autores de ameaças de morte que recebeu em redes sociais, após a publicação de um vídeo defendendo a fiscalização do Pix.
De acordo com a assessoria da parlamentar, as ameaças e incitações ao crime de homicídio contra ela ocorreram no X (antigo Twitter) e ganharam força ao longo da madrugada deste domingo, 19.
Perfis ligados à extrema-direita, segundo a equipe de segurança e os advogados de Hilton, sugeriram que a deputada deveria ser assassinada.
Uma das contas, em publicação no X, afirmou que pistoleiros deveriam ser "contratados para ficar na sua cola", e que o "Projeto Ronnie Lessa 2.0 teria que entrar em ação"- em uma referência ao assassino da vereadora Marielle Franco.
Além das ameaças, foram documentados diversos comentários transfóbicos direcionados à parlamentar.
Ameaça à deputada Erika Hilton: semelhanças com o vídeo de Nikolas Ferreira
O material publicado pela deputada segue a mesma linha do vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG), adotando mecanismos visuais e sonoros utilizados na postagem do político de oposição.
A ambientação é semelhante e, da mesma forma que o deputado, a parlamentar está sentada em um banco, em um fundo escuro.
Músicas de tensão, imagens e notícias aparecem na tela, em modelo similar.
Enquanto Hilton defende a medida, Nikolas acusa a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de prejudicar a população mais pobre com a decisão.
O vídeo do parlamentar mineiro, publicado horas antes de o Planalto decidir voltar atrás e revogar a medida de monitoramento, alcançou recordes de visualização, batendo 300 milhões de views no Instagram.
opovo.com.br
Cariri Ativo
20.01.2025