O bispo solicitou que a imagem dele fosse apagada do documentário “O Diabo no Tribunal"
A Justiça de São Paulo negou o pedido do bispo Edir Macedo, dono da Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, para que a Netflix apague a imagem dele do documentário “O Diabo no Tribunal”, de 2023. As informações são do colunista Gabriel Vaquer, da Folha de S. Paulo.
O projeto mostra um julgamento ocorrido nos Estados Unidos no qual uma possessão demoníaca foi utilizada como argumento de defesa em um caso de assassinato. No processo, o bispo chamou o documentário de "sensacionalista" e disse que sua imagem foi veiculada duas vezes em "sessões de libertação", sendo que os fatos narrados no filme são relativos a denominações religiosas que não têm relação com a Universal.
As imagens captadas para o documentário foram feitas em reuniões nas quais fiéis da Universal buscam "se libertar de males espirituais". O bispo Renato Cardoso, que também aparece no filme, é coautor da ação contra a Netflix.
“As imagens pessoais foram incluídas no filme sem a devida autorização no âmbito de um entretenimento claramente sensacionalista e de temática perturbadora, qual seja, uma possessão demoníaca e um posterior assassinato brutal”, afirmam os bispos na ação.
Eles pedem que, caso não possa excluir as imagens, seus rostos sejam desfocados. A juíza Paula da Rocha e Silva, no entanto, negou o pedido, afirmando que “os religiosos aparecem em poucos segundos do filme, de tal modo que não se vislumbra, no momento, existência de dano grave”. A magistrada também alega que é difícil identificar Edir Macedo e Renato Cardoso nas imagens.
A decisão, no entanto, é de caráter provisório.
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Cariri Ativo
23.01.2025