ANPD determinou que empresa pare de fornecer dinheiro às pessoas em troca do registro ocular
A empresa faz isso para usar a íris como uma espécie de impressão digital mais avançada, e pondera que o objetivo é diferenciar os humanos dos robôs cada vez mais tecnológicos. As informações são do portal g1.
Até a última sexta-feira (24), em São Paulo, uma das 18 cidades onde o projeto da World está em andamento, quem topasse registrar a íris ganhava cifras em torno de R$ 600. O valor era disponibilizado em criptomoedas.
Segundo a ANPD, pagar pelo registro ocular pode causar interferências na "livre manifestação" da vontade das pessoas, e que os mais sujeitos a essa exposição se enquadram "em casos nos quais potencial vulnerabilidade e hipossuficiência tornem ainda maior o peso do pagamento oferecido".
Hipossuficiência, neste caso, refere-se juridicamente a pessoas com menos condições socioeconômicas, principalmente moradores da periferia de São Paulo, onde a World atua no País.
Em resposta à decisão da ANPD, a empresa afirma que "está em conformidade com todas as leis e regulamentos do Brasil". Ainda de acordo com a World, "relatos imprecisos recentes e atividades nas mídias sociais resultaram em informações falsas para a ANPD".
Até o último dia 15 de janeiro, mais de 400 mil pessoas já haviam participado do projeto nos 51 pontos de coleta de registro de íris espalhados por São Paulo. Países da Europa, como a Alemanha, querem proibir a prática.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
Cariri Ativo
27.01.2025