Cumprimento pela posse sinaliza uma interação diplomática entre os dois países.
Embora não tenha comparecido à posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou cumprimentos ao republicano nesta segunda-feira (20) por meio das redes sociais. Na publicação, o mandatário da República destacou a "amizade histórica" entre os países, pautada na cooperação e no respeito.
"Em nome do governo brasileiro, cumprimento o presidente Donald Trump pela sua posse. As relações entre o Brasil e os EUA são marcadas por uma trajetória de cooperação, fundamentada no respeito mútuo e em uma amizade histórica", escreveu Lula, em uma rede social.
Lula sinalizou ainda que pretende seguir a cooperação com o país, o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás somente da China. "Nossos países nutrem fortes laços em diversas áreas, como o comércio, a ciência, a educação e a cultura. Estou certo de que podemos seguir avançando nessas e outras parcerias. Desejo ao presidente Trump um mandato exitoso, que contribua para a prosperidade e o bem-estar do povo dos Estados Unidos e um mundo mais justo e pacífico", completou.
Lula e Trump não nutrem uma relação próxima. No ano passado, o brasileiro declarou apoio à chapa adversária, de Kamala Harris. No entanto, o cumprimento pela posse sinaliza uma interação diplomática.
Ainda nesta segunda (20), durante reunião ministerial, Lula disse torcer por uma "gestão profícua" de Trump e reforçou que "não quer briga" com outras nações.
"Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil", afirmou.
"Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia", seguiu.
Quais brasileiros participam do evento
A cerimônia terá a presença de integrantes da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de parlamentares brasileiros. O governo brasileiro será representado por Maria Luiza Viotti, embaixadora do País em Washington.
Bolsonaro não pode participar por estar com o passaporte retido pela investigação da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A defesa do ex-presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do documento, mas teve o pedido negado pelo ministro Alexandre de Moraes.
A esposa do político, Michelle Bolsonaro (PL), vai ao evento, assim como o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Além deles, 19 deputados federais confirmaram à agência Estadão Conteúdo que estarão presentes na posse, além do senador Jorge Seif (PL-SC). O número é menor do que os 39 parlamentares de oposição que manifestaram interesse em comparecer ao evento.
Nenhum dos parlamentares está em missão oficial como representante do Poder Legislativo. Dessa forma, os custos com translado e diárias não foram arcados com recursos públicos. Abaixo, confira a lista de parlamentarem que confirmaram presença na cerimônia.
Veja a lista:
- Deputado Adilson Barroso (PL-SP);
- Deputada Bia Kicis (PL-DF);
- Deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB);
- Deputado Capitão Alden (PL-BA);
- Deputada Carla Zambelli (PL-SP);
- Deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO);
- Deputada Coronel Fernanda (PL-MT);
- Deputado Coronel Ulysses (União Brasil-AC);
- Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP);
- Deputado Giovani Cherini (PL-RS);
- Deputado Joaquim Passarinho (PL-PA);
- Senador Jorge Seif (PL-SC);
- Deputado Luiz Philippe de Orleans (PL-SP);
- Deputado Marcel van Hattem (Novo-RS);
- Deputado Marcos Pollon (PL-MS);
- Deputado Maurício do Vôlei (PL-MG);
- Deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS);
- Deputado Messias Donato (Republicanos-ES);
- Deputado Sargento Gonçalves (PL-RN);
- Deputada Silvia Waiãpi (PL-AP);
- Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
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Cariri Ativo
21.01.2025