A mãe do menino recebeu uma mensagem de um perfil fake com imagens de câmera de segurança flagrando a agressão.
A mãe do menino relatou que passou mal de ansiedade quando estava no trabalho e recebeu a mensagem anônima. "Se fosse o filho dela, iria querer saber", disse a pessoa que enviou o vídeo.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, após a mãe realizar uma denúncia na 59ª Delegacia de Polícia (DP) de Duque de Caxias.
Segundo a mãe comentou ao portal g1, que preferiu não se identificar, o filho "tinha medo da escola". Ele chegava em casa com marcas no corpo, chorando e dizendo que não queria voltar à instituição.
Ela conta que pedia explicações à escola sobre os hematomas do filho, e eles justificavam que ele "fazia pirraça no colégio".
Diretor afastado
Ananias Nogueira, que também é dono da escola, foi afastado da direção. A escola emitiu uma nota e disse que a instituição "não tolera nenhum tipo de violência" e afirmou que a ocorrência é investigada e tem apoio do Conselho Tutelar.
"Somos escola rígida, atenta, de ambiente familiar e religioso, de forma que alegações em sentido contrário, nos ferem de forma severa", diz texto.
O Jardim Escola Arco Íris do Gramacho disse ainda que "já foi instaurado processo para apuração e sanções disciplinares".
Escola sugeriu que criança saísse do colégio
Ano passado, a escola chegou a sugerir que a criança fosse afastado dos estudos e só voltasse "quando estivesse calmo e medicado". Segundo a mãe, à época, não havia indicativo que o filho precisava de tratamento, mas eles descobriram meses depois que ele tem hiperatividade.
"Em alguns momentos, sua agitação pode representar um risco para si mesmo ou para os coleguinhas. Por isso, solicitamos que o aluno frequente a escola apenas quando estiver medicado e mais calmo", disse o relatório da escola.
Segundo a mulher que denunciou o caso, por diversas vezes os funcionários do colégio ligavam para solicitar que o garoto fosse embora mais cedo.
"Foi como se eles já tivessem um pré-diagnóstico do meu filho. Hoje ele faz terapia e é acompanhado por neuro[pediatra]", comenta a mãe.
Leia a nota do colégio na íntegra:
O Colégio Jardim Escola Arco Íris do Gramacho, por meio de sua Direção, vem a público manifestar repúdio às imagens que vêm sendo propagadas, a respeito da instituição.
Somos uma escola rígida, atenta, de ambiente familiar e religioso, de forma que alegações em sentido contrário, nos ferem de forma severa.
Há 27 anos, educamos crianças e jovens de nossa cidade e região. Assim sendo, reafirmamos nosso compromisso de que essa missão seja bem feita, bem como reiteramos nosso comprometimento em zelar pelo bem-estar e pela segurança de todos os nossos alunos, professores e tomar conhecimento sobre um suposto caso de agressão, por parte de um colaborador, a um aluno, adotou medidas necessárias, que resultaram no afastamento do referido colaborador.
A ocorrência está sendo investigada com o apoio do Conselho Tutelar. Desta forma, faz questão de ressaltar que não tolera todo e qualquer ato de violência, sendo essa questão de valor, assim como o acolhimento à vítima.
Informamos ainda que já foi instaurado processo para apuração e sanções disciplinares. A escola é contra quaisquer manifestações de violência física que envolva a comunidade discente, por parte de seus membros e/ou direcionadas a qualquer um deles. A escola reitera que qualquer tipo de violência é inaceitável, por se contrapor a valores fundamentais ensinados na própria escola.
Nossa escola é lugar de convívio saudável, diálogo, tolerância e coexistência pacífica entre pessoas das mais diversas orientações políticas, religiosas, de gênero, classe, raça e etnia, por isso não se furtará a adotar as ações cabíveis em relação a esse ou quaisquer outros episódios que representem risco à integridade física ou psicológica de membros de sua comunidade."
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Cariri Ativo
12.02.2025