Produto é repassado pelos produtores a R$ 2,25. Hoje, são beneficiados no Ceará cerca de 1,2 milhão de litros/dia por empresas certificadas
O alimento dos animais em geral leva milho e soja na composição. Os grãos se tratam de commodities e, portanto, são afetados pelas flutuações do dólar, o que pode impactar no encarecimento.
José Antunes também destaca que o preço poderia baixar “um pouco mais” na ponta, no caso, o preço ao consumidor final. “Nós vendemos também a preços mais baixos”, diz.
“Hoje, estamos comprando o leite a, em média, R$ 2,25, mas chegamos a pagar até R$ 3 pelo litro, isso há dois anos. Nosso Estado é leiteiro, nós melhoramos muito a genética do nosso gado, então todo mundo tem sua vaquinha produzindo 15 litros, 20 litros. Antigamente era seis, oito litros, então a produtividade está aumentando”, justifica Antunes.
Alta na produção
De acordo com ele, a produção de leite no Ceará deve crescer de 15% a 20% em 2025, na comparação com 2024. “Hoje, produzimos 2 milhões de litros por dia. E são beneficiados, por mês, cerca de 1,2 milhão de litros por empresas certificadas. O restante é comercializado no mercado paralelo”, detalha.
Na última quinta-feira (20), a cadeia do leite esteve reunida no Centro de Eventos do Ceará para o primeiro Encontro de Laticínios em Fortaleza. No evento, que termina nesta sexta-feira (21), foram discutidas e apresentadas as tecnologias para impulsionar o setor e o futuro da produção de leite no Ceará e no Brasil.
De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), de 2023, o Ceará é o 9º maior produtor do alimento, com mais de 1,13 bilhão de litros. Na região Nordeste, Pernambuco (7º) e Bahia (8º) são os dois maiores produtores, com 1,33 e 1,26 bilhões de litros.
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Cariri Ativo
24.03.2025