Autor Lillian Santos
Protagonista de “O Agente Secreto”, que estreou em Cannes no domingo, 18, Wagner Moura comentou sobre o viés político da produção nacional. Durante a coletiva de imprensa ocorrida nesta segunda-feira, 19, o artista baiano relembrou outras criações cinematográficas ambientadas na mesma temática.
“Eu dirigi um filme sobre a ditadura militar, sobre uma pessoa que lutou contra a ditadura, que queria derrubar o regime”, iniciou o ator, criando “Marighella”, de 2021. Dirigido por Moura, o longa-metragem acompanha a trajetória de Carlos Marighella (1911-1969), comandante de um grupo de guerrilheiros que luta contra a ditadura militar brasileira.
“É muito triste que em momentos distópicos você, ao se manter fiel aos valores de dignidade e caráter, seja considerado um perigo. Quando os valores que vêm de cima são tortos e onde a maioria das pessoas comunga com esses valores, é muito difícil e é muito corajoso você simplesmente ser quem você é”, argumentou.
Assim como “Marighella”, “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, narra a saga de um professor que, ao ser perseguido por forças político-econômicas, tenta fugir do Brasil durante a ditadura militar.
“Então, o sentido de coletividade talvez seja o mais bonito, não só em momentos distópicos, mas em momentos bons também. É uma pena que a gente esteja precisando de coletividade em momentos de autoritarismo”, finalizou Wagner Moura.
Com informações de Arthur Gadelha
opovo.com.br
Cariri Ativo
20.05.2025




