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Alckmin afirma que Ceará terá prioridade e poderá usar fundo industrial contra tarifaço

Alckmin afirma que Ceará terá prioridade e poderá usar fundo industrial contra tarifaço

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Legenda: Geraldo Alckmin recebeu empresários cearenses para discutir ações que amorteçam impacto de tarifaço dos Estados Unidos
Foto: Cadu Gomes/VPR

Empresários se reuniram com vice-presidente da República e apresentaram sugestões de medidas.


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br


O vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nessa terça-feira (29), durante reunião com o governador Elmano de Freitas e empresários que exportam aos Estados Unidos, que o Ceará terá prioridade na aplicabilidade das medidas de mitigação para conter os impactos negativos do tarifaço de Trump

Além disso, Alckmin afirmou que uma das possibilidades é a utilização de recursos Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), que opera com incentivos fiscais às empresas.

A informação foi confirmada ao Diário do Nordeste por uma fonte que teve acesso ao conteúdo da reunião, que ocorreu em Brasília. Um grupo de trabalho foi criado para acompanhar os desdobramentos da medida. 

Nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou a ordem executiva que implementa a tarifa de 50% contra o Brasil. 

Medidas de mitigação ainda não foram anunciadas

As medidas de mitigação ainda não foram anunciadas oficialmente pelo Governo Federal e nem pelo Governo Estadual. 

Na reunião dessa terça-feira, Alckmin ressaltou que o Ceará deve ser o mais impactado pelo tarifaço, já que mais da metade das exportações cearenses tem como destino os Estados Unidos. 

O aumento súbito da tarifa para a entrada de produtos brasileiros nos Estados Unidos deve diminuir a demanda de compradores norte-americanos. Com isso, as empresas devem diminuir a produção, com impactos em investimentos e no mercado de trabalho.

O tarifaço pode representar uma perda de R$ 190 milhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, segundo estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Os setores da siderurgia e de calçados foram os que mais enviaram produtos aos Estados Unidos. Também se destacam os segmentos de frutaspescadoscera de carnaúba e castanha de caju

No comunicado desta quarta-feira, a Casa Branca publicou uma lista com as exceções, incluindo o aço cearense, produtos mais exportado pelo Ceará aos Estados Unidos. 

Veja os principais itens que não serão sobretaxados em 40% pelos EUA: 

  • Produtos de ferro, aço, alumínio e cobre;
  • Alimentos, como Castanhas-do-pará (in natura ou secas), polpa de laranja, suco de laranja (congelado e não congelado);
  • Artigos de aeronaves civis;
  • Veículos e peças específicas;
  • Fertilizantes;
  • Metais e minerais específicos;
  • Energia e produtos energéticos;
  • Produtos de celulose e madeira.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

31.07.2025