A reunião deve contar com representantes dos setores de aço, agronegócio e peças e pás eólicas.
Entre os segmentos que buscam interlocução com o governo federal estão a produção de aço (siderurgia), pescados, castanha-de-caju, peças e pás eólicas.
“Nos próximos dias, estamos trabalhando para ter uma agenda do empresariado cearense para levar as especificidades da economia cearense para o grupo de trabalho que vai negociar com o governo americano”, afirmou o governador.
As declarações foram dadas durante a coletiva que anunciou duas novas rotas aéreas realizadas pela Gol no Ceará, incluindo um destino internacional.
Nessa segunda-feira (14), Elmano já se reuniu com representantes dos setores para discutir os efeitos da tarifa de 50% sobre a entrada de produtos brasileiros nos Estados Unidos.
Após a reunião, o governador ligou para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, que está articulando a reação brasileira ao tarifaço.
EFEITOS NA ECONOMIA CEARENSE
Elmano ressaltou a preocupação da gestão com os impactos que o tarifaço pode ter na produção cearense, caso realmente entre em vigor em 1º de agosto.
“Temos uma preocupação de que esta taxação, se acontecer como foi apresentada inicialmente, terá um efeito negativo na nossa economia. Pode gerar desemprego para o novo povo”, afirmou.
A tarifa de entrada pode ter efeitos severos na produção cearense, já que os Estados Unidos recebem mais da metade de tudo que é exportado pelo Estado.
Com o aumento expressivo da tarifa, os compradores estadunidenses podem desistir de comprar a mercadoria cearense. Com consequência, a produção deve diminuir, com reflexos no mercado de trabalho.
O Ceará exportou R$ 3 bilhões aos EUA nos primeiros seis meses deste ano. Entre os produtos mais enviados, estão placas de aço, pescados, frutas, mel, calçados e artigos de couro.
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Cariri Ativo
16.07.2025