A tarifa mundial deve ser em torno de 15% a 20%, enquanto a proposta para o Brasil é 50%
A tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros é mais que o dobro da média global. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (28), Trump declarou que "a tarifa mundial ficaria em algum lugar na faixa de 15% a 20%".
No fim de semana, o presidente confirmou que as novas tarifas entrarão em vigor a partir de 1º de agosto e que não haverá adiamento.
Lula pede que Trump 'reflita'
Em evento de inauguração de uma usina de gás no Rio de Janeiro, o presidente Lula (PT) disse que espera que Trump "reflita" sobre a relação com o Brasil e a sua importância. Ele espera que o norte-americano adote uma postura de diálogo.
"Eu espero que o presidente dos EUA reflita a importância do Brasil e resolva fazer aquilo que no mundo civilizado a gente faz. Tem divergência? Senta numa mesa, coloca a divergência do lado e vamos tentar resolver", disse Lula. "E não de forma abrupta, individual, tomar a decisão de que vai multar, taxar o Brasil em 50%", disse Lula.
Governo brasileiro reforça soberania
Em nota nesse domingo (28), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) reforçou que soberania do Brasil é inegociável nas conversas sobre o tarifaço. A pasta pontou ainda que o diálogo com os EUA segue aberto.
"Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais, em uma postura que já é clara também para o governo norte-americano", disse o Ministério.
Segundo o Mdic, "o Brasil e os Estados Unidos mantêm uma relação econômica robusta e de alto nível há mais de 200 anos. O governo brasileiro espera preservar e fortalecer essa parceria histórica, assegurando que ela continue a refletir a profundidade e a importância de nossos laços".
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Cariri Ativo
29.07.2025