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Tarifaço de Trump pode reduzir R$ 190 milhões no PIB do Ceará; veja impactos por estado

Tarifaço de Trump pode reduzir R$ 190 milhões no PIB do Ceará; veja impactos por estado

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Legenda: O Brasil mantém um superávit comercial em relação aos Estados Unidos
Foto: Kid Junior

Estimativa consta em relatório da CNI


Escrito por
Bruna Damascenobruna.damasceno@svm.com.br


tarifa de 50% sobre produtos brasileiros afetará duramente o Ceará, estado com o maior volume de exportações aos Estados Unidos. Segundo estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a medida pode representar uma perda de R$ 190 milhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará.

Em 2024, o Estado exportou R$ 659,1 milhões para o mercado norte-americano, sendo 96,5% desse total composto por bens da indústria de transformação, principal setor afetado pela nova tarifa.

A metalurgia liderou as exportações cearenses para os EUA, somando US$ 441,3 milhões em 2024. Em segundo lugar ficou o setor de alimentos, com US$ 112,2 milhões (17% do total), seguido pelo setor de couros e calçados, com US$ 52,6 milhões (8%).

O desempenho da metalurgia está diretamente ligado à presença de grandes indústrias siderúrgicas no Estado, como a Aço Cearense e a ArcelorMittal.

Para Ricardo Alban, presidente da CNI, “a imposição do expressivo e injustificável aumento das tarifas americanas traz impactos significativos para a economia nacional, penalizando setores produtivos estratégicos e comprometendo a competitividade das exportações brasileiras”.

Ele acrescenta ainda que “há estados em que o mercado americano é destino de quase metade das exportações". Esse é o caso do Ceará. 

Na manhã desta terça-feira (29), uma comitiva de empresários cearenses se reuniu com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Na pauta, estiveram a negociação do tarifaço e a discussão de medidas para reduzir o impacto da taxa.

Brasil é superavitário 

Vale destacar que o Brasil mantém um superávit comercial em relação aos Estados Unidos, ou seja, exporta mais do que importa. Com a nova tarifa, produtos brasileiros, como o café, devem ficar mais caros no mercado americano.

Já no Brasil, a tendência é de queda nos preços, já que parte da produção voltada à exportação deverá ser redirecionada ao comércio interno diante do aumento dos custos para vender ao exterior.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

30.07.2025