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Anvisa dará prioridade ao registro de produção das canetas emagrecedoras no Brasil

Anvisa dará prioridade ao registro de produção das canetas emagrecedoras no Brasil

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Legenda: Medida visa ampliar a produção desses medicamentos no território nacional
Foto: Tobias Arhelger/Shutterstock

Edital foi publicado no Diário Oficial da União para empresas produtoras de medicamentos a base de semaglutida e liraglutida.


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br


Após um pedido do Ministério da Saúde (MS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá priorizar a análise de pedidos de empresas produtoras de medicamentos com semaglutida liraglutida, que são os princípios ativos por trás das canetas emagrecedoras para tratamento de diabete e obesidade.

A agência publicou um edital de chamamento nessa segunda-feira (25), no Diário Oficial da União (DOU), com uma série de regras para que as empresas solicitem o interesse de "passar na frente" da fila de análise de medicamentos.

Segundo o texto, os pedidos de priorização deverão ser feitos à Anvisa até 15 dias após a publicação do edital, e só serão atendidas as solicitações que já foram feitas. Após 30 dias, o órgão dará um retorno para empresas sobre a análise do registro, que pode vir de três maneiras:

  • Aprovação;
  • Indeferimento;
  • Apresentação de exigência, quando a empresa deverá fornecer informações adicionais à Anvisa.


O edital ainda detalha que as solicitações serão avaliadas em ordem cronológica de envio, mas aqueles que tenham etapas da fabricação do insumo farmacêutico ou do medicamento no Brasil terão preferência sobre os demais.

Conforme o órgão regulador, até o último dia 6 de agosto, havia nove pedidos de registro de medicamentos relacionados ao insumo semaglutida e sete pedidos relacionados à liraglutida, todos em período inicial de análise.

Canetas emagrecedoras no mercado brasileiro

A medida de priorização do registro de substâncias utilizadas nas canetas emagrecedoras atende a uma solicitação do próprio Governo Federal, formalizada no último dia 15 de agosto. No documento, o MS demonstra interesse em ampliar a oferta desses medicamentos no mercado brasileiro.

Segundo a Anvisa, a meta da Pasta comandada por Alexandre Padilha (PT) é ampliar a participação da produção no País de 42% para 70% das necessidades nacionais de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, entre outros.

Para permitir que essas empresas furem a fila de análises, a Anvisa teve que recorrer a uma resolução de 2017, que abre margem para essa decisão caso haja risco de desabastecimento de medicamentos com impacto na saúde pública.

A resolução da Anvisa chega poucos dias após uma decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) de não incorporar medicamentos à base de semaglutida e liraglutida no Sistema Único de Saúde (SUS). O motivo estaria relacionado ao alto custo de produção para o Brasil.

Por conta da decisão, os medicamentos seguirão fora do que é coberto pelo SUS e não serão incorporados nos medicamentos da rede pública.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

26.08.2025