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Ao The Post, Moraes fala sobre 'tarifaço' e prisão de Bolsonaro: 'Não recuaremos um milímetro'

Ao The Post, Moraes fala sobre 'tarifaço' e prisão de Bolsonaro: 'Não recuaremos um milímetro'

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Legenda: Na entrevista, o ministro do STF apontou a fragilidade da democracia em um país como o Brasil que já passou por regimes ditatoriais
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) citou ao jornal norte-americano que o processo deve seguir o curso planejado.


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br


O ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou, em matéria publicada nesta segunda-feira (18) pelo jornal norte-americano The Washington Post, que não há a possibilidade de recuar das decisões que tomou no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. "Faremos o que é certo", disse ele à publicação. 

A matéria cita as sanções impostas pelos Estados Unidos a Moraes, as provocações de Elon Musk direcionadas a ele e até mesmo o 'tarifaço' de Trump ao Brasil por conta do processo envolvendo Bolsonaro.

Apesar disso, Moraes garante que o processo deve seguir o curso previsto sem que as medidas estadunidenses interfiram nele. "Não existe a menor possibilidade de recuar nem milímetro sequer", reforçou ele.

"Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido", completou Moraes na mesma publicação.

A mesma matéria aponta a relevância de Moraes ao redor do mundo justamente pela defesa das instituições em meio à democracia. O The Washington Post entrevistou 12 pessoas que já trabalharam ao lado de Moraes para entender a história do jurista brasileiro.

Apesar de toda a repercussão, tudo segue como já dito por Moraes: sem alterações. Segundo agenda divulgada na última semana pela Primeira Turma do STF, o julgamento do núcleo principal da trama golpista no Brasil, do qual o ex-presidente Jair Bolsonaro faz parte, deverá ocorrer entre 2 e 12 de setembro.

Na entrevista ao The Post, Moraes ainda citou a "fragilidade da democracia" e de como entende que para a cultura norte-americana o tema pode não ser tão sensível.

"O Brasil teve anos de ditadura sob o Vargas, outros 20 anos de ditadura militar e inúmeras tentativas de golpe. Quando você é muito mais atacado por uma doença, forma anticorpos mais fortes e busca uma vacina preventiva", disse sobre o tema.

Segundo Moraes, o que o Brasil está fazendo é "esclarecer as coisas". Mais uma vez sobre as sanções, o ministro garantiu que não é "agradável" ser sancionado, mas que isso não deve impedir a investigação de continuar. 

Sancionado pelos EUA

Alexandre de Moraes foi sancionado com a lei Magnitsky no último dia 30 de julho. O dispositivo é utilizado para punir estrangeiros, e a decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros no Tesouro norte-americano. 

Por conta disso, eventuais bens de Moraes nos EUA estão bloqueados, assim com qualquer empresa ligada ele. Cidadãos americanos também ficam proibidos de fazer negócios com o ministro. 

Familiares do ministro também foram afetados pela decisão, que foi tomada por Marco Rubio, chefe da diplomacia do governo de Trump. 

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

19.08.2025