Estudo da Funceme mediu maiores registros diários em postos de monitoramento
A análise consta no Anuário de Focos de Calor 2024, elaborado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que traz a distribuição dos focos no Estado.
Ao todo, a cidade teve 118 dias de calorão. O levantamento mostra que todos os 184 municípios cearenses registraram focos de calor no ano passado, revelando “um sinal da ampla presença do problema em todo o território”.
De acordo com os dados das estações meteorológicas automáticas da Funceme, além de Barro, os municípios de Jaguaribe, Quixeramobim e Piquet Carneiro também apresentam os maiores registros diários de temperaturas máximas superiores a 38ºC.
Veja a lista de dias nessa situação:
- Barro - 118
- Jaguaribe - 79 / 70 (dois postos)
- Quixeramobim - 52
- Piquet Carneiro - 13
- Morada Nova - 11
- Iguatu - 11
- Jaguaribara - 9
- Crateús - 9
- Limoeiro do Norte - 9
- Ibaretama - 7
- Baturité - 6
- Amontada - 6
- Sobral - 5
- Tejuçuoca - 5
- Morada Nova - 3
- Quixeré - 3
- Camocim - 3
- Santa Quitéria - 2
- Viçosa do Ceará - 2
Outro estudo da Funceme já havia mostrado que o Ceará ficou 1,8ºC mais quente em 60 anos, e ondas de calor se tornaram mais frequentes.
Segundo as estações de monitoramento, ainda houve registros de umidade relativa mínima do ar abaixo dos 15% nos municípios de Jaguaribe, Iguatu e Morada Nova.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como ideal a umidade do ar acima de 60%. Quando ela fica entre 12% e 20%, é considerado estado de alerta. Abaixo disso, é considerado estado de emergência.
De forma geral, os baixos índices de umidade relativa do ar e os valores extremos de temperatura máxima acontecem entre o início e o meio da tarde.
Cuidados no segundo semestre
Com o estudo do Anuário, a Funceme também alerta para o aumento do risco de queimadas e incêndios florestais ao longo do segundo semestre.
Isso porque, nesse período, há uma combinação entre vegetação seca, altas temperaturas, baixa umidade e ventos intensos que favorece a propagação do fogo, especialmente em regiões com histórico de ocorrências frequentes.
“Com a quadra chuvosa de 2025 apresentando acumulados próximos à normalidade, projeta-se disponibilidade de biomassa seca no segundo semestre, o que aumenta o risco de queimadas em diversas regiões do Estado”, indica.
Segundo a Fundação, as informações do anuário são fundamentais para orientar políticas públicas, ações de fiscalização e campanhas de educação ambiental.
O documento pode apoiar instituições como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) no aprimoramento de planos de contingência.
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Cariri Ativo
22.08.2025