Cidade do Ceará teve quase 120 dias de 2024 com temperaturas máximas acima de 38ºC; saiba qual - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Cidade do Ceará teve quase 120 dias de 2024 com temperaturas máximas acima de 38ºC; saiba qual

Cidade do Ceará teve quase 120 dias de 2024 com temperaturas máximas acima de 38ºC; saiba qual

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Legenda: Cidade do Cariri encabeça lista entre as estações monitoradas pela Funceme
Foto: Paróquia Santo Antônio/Santuário da Misericórdia

Estudo da Funceme mediu maiores registros diários em postos de monitoramento


Escrito por
Nícolas Paulinonicolas.paulino@svm.com.br


O Ceará é conhecido pelas altas temperaturas e regime de chuvas característico, que só costuma amenizar os termômetros no primeiro semestre. Contudo, algumas localidades são mais atingidas pelo fenômeno. A cidade de Barro, na região do Cariri, por exemplo, passou quase 120 dias de 2024 com temperaturas acima de 38ºC.

A análise consta no Anuário de Focos de Calor 2024, elaborado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que traz a distribuição dos focos no Estado. 

Ao todo, a cidade teve 118 dias de calorão. O levantamento mostra que todos os 184 municípios cearenses registraram focos de calor no ano passado, revelando “um sinal da ampla presença do problema em todo o território”.

De acordo com os dados das estações meteorológicas automáticas da Funceme, além de Barro, os municípios de Jaguaribe, Quixeramobim e Piquet Carneiro também apresentam os maiores registros diários de temperaturas máximas superiores a 38ºC.

Veja a lista de dias nessa situação:

  • Barro - 118
  • Jaguaribe - 79 / 70 (dois postos)
  • Quixeramobim - 52
  • Piquet Carneiro - 13
  • Morada Nova - 11
  • Iguatu - 11
  • Jaguaribara - 9
  • Crateús - 9
  • Limoeiro do Norte - 9
  • Ibaretama - 7
  • Baturité - 6
  • Amontada - 6
  • Sobral - 5
  • Tejuçuoca - 5
  • Morada Nova - 3
  • Quixeré - 3
  • Camocim - 3
  • Santa Quitéria - 2
  • Viçosa do Ceará - 2

Outro estudo da Funceme já havia mostrado que o Ceará ficou 1,8ºC mais quente em 60 anos, e ondas de calor se tornaram mais frequentes. 

Segundo as estações de monitoramento, ainda houve registros de umidade relativa mínima do ar abaixo dos 15% nos municípios de Jaguaribe, Iguatu e Morada Nova.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como ideal a umidade do ar acima de 60%. Quando ela fica entre 12% e 20%, é considerado estado de alerta. Abaixo disso, é considerado estado de emergência.

De forma geral, os baixos índices de umidade relativa do ar e os valores extremos de temperatura máxima acontecem entre o início e o meio da tarde.

Cuidados no segundo semestre

Com o estudo do Anuário, a Funceme também alerta para o aumento do risco de queimadas e incêndios florestais ao longo do segundo semestre.

Isso porque, nesse período, há uma combinação entre vegetação seca, altas temperaturas, baixa umidade e ventos intensos que favorece a propagação do fogo, especialmente em regiões com histórico de ocorrências frequentes.

“Com a quadra chuvosa de 2025 apresentando acumulados próximos à normalidade, projeta-se disponibilidade de biomassa seca no segundo semestre, o que aumenta o risco de queimadas em diversas regiões do Estado”, indica.

Segundo a Fundação, as informações do anuário são fundamentais para orientar políticas públicas, ações de fiscalização e campanhas de educação ambiental. 

O documento pode apoiar instituições como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) no aprimoramento de planos de contingência.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

22.08.2025