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Com restrições, Alexandre Padilha tem visto liberado pelos EUA para ir à conferência em NY

Com restrições, Alexandre Padilha tem visto liberado pelos EUA para ir à conferência em NY

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Legenda: Alexandre Padilha deve participar ainda da conferência internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Ministro da Saúde solicitou renovação da autorização para acompanhar o presidente Lula na Assembleia Geral da ONU


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu nesta quinta-feira (18) a liberação do visto de entrada nos Estados Unidos. Com isso, ele poderá acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem a Nova York, onde ocorre a Assembleia Geral da ONU.

O ministro, no entanto, terá acesso limitado devido às restrições impostas pelas autoridades americanas. Ele poderá se deslocar apenas dentro de um raio de cinco quarteirões a partir de seu local de hospedagem, sendo permitidos trajetos específicos do hotel até a sede das Nações Unidas (ONU) e representações do Brasil ligadas à organização.

Padilha estava com o visto vencido e havia solicitado a renovação em 18 de agosto. Ele deve participar ainda da conferência internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Segundo disseram interlocutores do governo brasileiro ao jornal O GloboPadilha foi o último integrante da comitiva a receber a autorização

Na terça-feira (16), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também teve o visto liberado após semanas de suspensão pelo Departamento de Estado americano.

Crise diplomática

A liberação ocorreu em meio a rumores de que o governo norte-americano poderia restringir a entrada de autoridades brasileiras, como resposta à crise diplomática envolvendo tarifas comerciais e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Por conta do processo, os EUA já aplicaram sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso, que está proibido de realizar operações comerciais e financeiras com empresas americanas, em razão da Lei Magnitsky.

Também foi levantada a possibilidade de cancelamento de vistos de outras autoridades brasileiras como forma de retaliação.

Declarações de Padilha

Questionado por jornalistas na semana passada, antes da liberação, Padilha ironizou a demora. “Esse negócio do visto é igual aquela música, ‘tô nem aí’. Vocês estão mais preocupados com o visto do que eu. Só fica preocupado com o visto quem quer ir pros Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos.”

Ele ainda criticou opositores, em referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Só fica preocupado com o visto quem quer sair do Brasil ou quem quer ir pra lá fazer lobby de traição da pátria, como alguns estão fazendo. Não é meu interesse.”

Assembleia Geral da ONU

Lula e a comitiva embarcam no domingo (21) para Nova York. Pela tradição, cabe ao presidente brasileiro abrir a série de discursos do evento.

Não há previsão de encontro entre Lula e Donald Trump, que será o segundo a discursar.

Além disso, interlocutores diplomáticos indicam que as negociações comerciais entre Brasil e EUA — que incluem a revisão de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros — podem depender do arquivamento do processo contra Bolsonaro.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

19.09.2025