Renê da Silva Nogueira Júnior, réu confesso, usou arma da esposa delegada para cometer o crime.
A filha de Laudemir, menor de idade, solicitou indenização por danos morais, pensão mensal e custeio de sessões de terapia. A decisão também incluiu o bloqueio de imóveis em nome do casal, além do acesso às declarações de imposto de renda de ambos.
Paralelamente, a viúva do gari, Liliane França da Silva, ingressou com uma ação na Justiça de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela também pede indenização por danos morais contra Renê e Ana Paula. Esse processo ainda não foi julgado.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 11 de agosto, quando Laudemir foi morto por Renê após uma discussão no trânsito. O crime ocorreu na esquina das ruas Jequitibá e Modestina de Souza, em Belo Horizonte, trecho que faz parte do itinerário da companhia de limpeza urbana.
Renê foi preso no mesmo dia em uma academia de luxo da capital mineira. A arma utilizada no homicídio pertencia à esposa dele, a delegada Ana Paula, que foi indiciada pela Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por prevaricação.
De acordo com testemunhas, Laudemir trabalhava na coleta de lixo quando o empresário exigiu que o caminhão fosse retirado da via para que ele pudesse passar com seu carro. A condutora do veículo afirmou que havia espaço suficiente, mas Renê se irritou e chegou a ameaçar atirar nela.
Os colegas do gari tentaram intervir e pediram calma, mas o empresário acabou disparando contra a vítima. Laudemir foi socorrido pela Polícia Militar e levado em uma viatura ao hospital, mas não resistiu.
Laudemir de Souza Fernandes tinha 44 anos, deixou uma filha de 15, a namorada e uma enteada.
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Cariri Ativo
18.09.2025