A visão positiva sobre o rumo da economia melhorou nos últimos dois meses, crescendo de 37% para 40% entre julho e setembro. O aumento de três pontos percentuais foi acompanhado da queda da percepção negativa, que caiu de 58% para 54% no mesmo período, indicando que, apesar do avanço, a maioria continua pessimista, com destaque para a classe média (56%) e o eleitor de centro (73%).
A diferença entre os que possuem visão positiva sobre o futuro da economia e os que mantém visão negativa registrou um recuo significativo, de sete pontos percentuais entre julho e setembro, passando de 21% para 14% no levantamento atual.
Os dados são da mais recente Pesquisa Pulso Brasil Ipespe (acessar aqui) , que identifica a percepção dos eleitores a respeito de vários temas presentes no noticiário. Para o cientista político e sociólogo Antônio Lavareda, do Ipespe, o recorte atual confirma que esquerda e direita têm leituras simetricamente opostas da situação e não serão facilmente demovidas. “A disputa de narrativas para 2026 deve se dar no eleitorado do centro”, comenta ele.
Lavareda reforça que o debate sobre a economia será central na eleição do próximo ano. “Se quiser ganhá-la, o governo precisará fazer um grande esforço para que a leitura negativa não se consolide antes mesmo da campanha”, avalia.
A Pesquisa Pulso Brasil Ipespe foi realizada entre os dias 19 e 22 de setembro. O levantamento ouviu 2.500 pessoas em todo o país, com idade a partir de 16 anos.
Andrezza Oliveira
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Cariri Ativo
30.09.2025
