Presidente dos Estados Unidos classificou o periódico como "um dos piores e mais degenerados jornais da história" do país
Na semana passada, o periódico informou que o republicano havia ameaçado iniciar ações legais pela publicação de artigos sobre uma carta de aniversário supostamente enviada por ele ao financista e criminoso sexual falecido Jeffrey Epstein.
O documento possui uma mensagem datilografada inserida no contorno do desenho de uma mulher nua. Trump nega que a assinatura que acompanha o texto seja dele.
"O New York Times teve permissão para mentir, caluniar e me difamar livremente por muito tempo, e isso acaba AGORA!", escreveu o presidente na rede social dele, a Truth Social.
A ação também é direcionada a quatro repórteres do jornal e à editora Penguin Random House.
'Piores e mais degenerados jornais'
O processo cita três artigos publicados pelo veículo, entre setembro e outubro de 2024, e um livro dos jornalistas Russ Buettner e Susanne Craig. Questionado pela agência AFP, o jornal não respondeu.
Na mensagem, Trump classificou o periódico como "um dos piores e mais degenerados jornais da história" do país. Segundo ele, o NYT é "um verdadeiro 'porta-voz' do Partido Democrata de esquerda radical". O presidente ainda acusa a publicação de ter apoiado Kamala Harris durante a última campanha presidencial.
A ação apresentada na Flórida solicita 15 bilhões de dólares em compensação por danos, além de uma indenização punitiva adicional "por um valor que será determinado no julgamento".
Hostilidade com a imprensa
Com a ação, Trump intensifica os habituais ataques a meios de comunicação tradicionais, mirando repetidamente jornalistas críticos, restringindo o acesso deles ou processando profissionais da imprensa.
E essa não é a primeira vez que o magnata republicano apresenta um processo contra grupos de imprensa que considera hostis. Em julho deste ano, ele reivindicou pelo menos 10 bilhões de dólares (cerca de R$ 53 bilhões na cotação atual) por difamação ao Wall Street Journal após a publicação de um artigo que atribuiu ao presidente uma carta obscena enviada a Epstein.
No mesmo mês, o grupo Paramount concordou em pagar 16 milhões de dólares (R$ 85 milhões na cotação atual) para encerrar uma ação movida por Trump devido à cobertura eleitoral da CBS News, que pertence à corporação.
Segundo Trump, o popular programa "60 Minutes" da emissora editou uma entrevista com a rival dele nas eleições presidenciais de 2024, Kamala Harris, para favorecer a democrata.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
Cariri Ativo
17.09.2025