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Argentina e Paraguai reforçam fronteiras com o Brasil após operação no Rio de Janeiro

Argentina e Paraguai reforçam fronteiras com o Brasil após operação no Rio de Janeiro

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Legenda: Cerca de 120 pessoas morreram durante a operação no Rio de Janeiro.
Foto: JUAN MABROMATA / AFP.

O objetivo dos dois países é evitar a entrada de integrantes de organizações criminosas.



Após a megaoperação das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, que deixou mais de 120 pessoas mortas, na terça-feira (28), Argentina Paraguai reforçaram suas fronteiras com o Brasil, contra o Comando Vermelho, facção alvo da operação.

“Reforçamos [a segurança na] fronteira para proteger os argentinos diante de qualquer debandada [de criminosos] resultante dos confrontos no Rio de Janeiro”, explicou a ministra da Segurança argentinaPatricia Bullrich, em uma postagem em suas redes sociais.

A gestora publicou cópia do ofício que enviou à secretária de Segurança Nacional, Alejandra Monteoliva, determinando o aumento do efetivo das tropas federais na fronteira com o Brasil como “uma medida preventiva”.

No mesmo ofício, Patricia se refere aos integrantes da facção brasileira Comando Vermelho como narcoterroristas e orienta os oficiais responsáveis a contatarem as autoridades policiais brasileiras e paraguaias a fim de estabelecerem uma atuação conjunta.

governo paraguaio também decidiu adotar, nesta quarta-feira (29), medidas extraordinárias de vigilância. A ação veio a partir de um alerta emitido pelo Comando Tripartite da Tríplice Fronteira - um acordo de cooperação policial na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.

Em um comunicado, o Conselho de Defesa Nacional (Codena) paraguaio afirma que o objetivo do reforço do efetivo fronteiriço e das medidas de controle migratório é impedir que integrantes do Comando Vermelho que escaparam da ação policial nos complexos da Penha e do Alemão fujam para o país.

“Diante desta situação, desde as primeiras horas da última terça-feira (28), as instituições nacionais [paraguaias] de segurança competentes adotaram medidas extraordinárias de prevenção e vigilância em toda a fronteira”, explica o Codena.

SOBRE A MEGAOPERAÇÃO

Um balanço parcial desta quarta-feira (29) fala em 121 mortes. O número inicial, na terça-feira (28), era de 64 mortes, sendo 60 suspeitos e 4 policiais.

Enquanto o Governo do Estado do Rio de Janeiro trata a "Operação Contenção" como a maior da área de segurança dos últimos 15 anos, movimentos sociais falam em ação mais violenta da história do Estado.

Na rede social X, antigo Twitter, o GovRJ apresentou o balanço completo da operação, que representou, segundo o Executivo, o  "maior baque que a facção já tomou em toda a sua história”.

“Uma investigação de 1 ano envolvendo todas as polícias do RJ. O foco da operação foi retirar o confronto da comunidade e levá-lo para a área de mata, protegendo a população e reduzindo os efeitos colaterais”, informou a publicação.

O governo do Rio afirmou ainda que foram mais de 60 dias de planejamento com inteligência, levantamentos, mapas e distribuição tática das tropas. Que todos os policiais estavam com câmeras corporais e que “o cenário encontrado foi o previsto”.

Balanço de prisões e apreensões

  • 113 presos (33 de outros estados);
  • 10 adolescentes detidos;
  • 118 armas apreendidas, sedo: 91 fuzis, 29 pistolas e 14 artefatos explosivos;
  • Mais de 1 tonelada de drogas apreendidas.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

31.10.2025