Centenas de mortos e tonelada de drogas: o que se sabe sobre a megaoperação no Rio - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Centenas de mortos e tonelada de drogas: o que se sabe sobre a megaoperação no Rio

Centenas de mortos e tonelada de drogas: o que se sabe sobre a megaoperação no Rio

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Legenda: Cerca de 2,5 mil agentes participam da operação.
Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil.

A operação das polícias do Rio de Janeiro tem dividido a opinião pública.


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br


Um dia após a megaoperação das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, na terça-feira (28), os números foram atualizados por órgãos públicos e outras entidades.

Um balanço parcial desta quarta-feira (29) fala em 121 mortes. O número inicial, na terça-feira (28), era de 64 mortes, sendo 60 suspeitos e 4 policiais.

Enquanto o Governo do Estado do Rio de Janeiro trata a "Operação Contenção" como a maior da área de segurança dos últimos 15 anos, movimentos sociais falam em ação mais violenta da história do Estado.

Na rede social X, antigo Twitter, o GovRJ apresentou o balanço completo da operação, que representou, segundo o Executivo, o  "maior baque que a facção já tomou em toda a sua história”.

“Uma investigação de 1 ano envolvendo todas as polícias do RJ. O foco da operação foi retirar o confronto da comunidade e levá-lo para a área de mata, protegendo a população e reduzindo os efeitos colaterais”, informou a publicação.

O governo do Rio afirmou ainda que foram mais de 60 dias de planejamento com inteligência, levantamentos, mapas e distribuição tática das tropas. Que todos os policiais estavam com câmeras corporais e que “o cenário encontrado foi o previsto”.

Balanço de prisões e apreensões

  • 113 presos (33 de outros estados);
  • 10 adolescentes detidos;
  • 118 armas apreendidas, sedo: 91 fuzis, 29 pistolas e 14 artefatos explosivos;
  • Mais de 1 tonelada de drogas apreendidas.

ESTRUTURA E EQUIPAMENTOS MOBILIZADOS

Cerca de 2,5 mil agentes participam da operação, incluindo equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

O aparato inclui drones, dois helicópteros, 32 blindados terrestres e 12 veículos de demolição, além de ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate para apoio médico.

Logo nas primeiras incursões, dois homens foram presos e um fuzil apreendido na Rua Uranos, durante a entrada das forças de segurança nas comunidades.

MORTES NA MEGAOPERAÇÃO

Governo do Rio de Janeiro divulgou, na manhã desta quarta, um balanço oficial das mortes. O secretário estadual de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Felipe Curi, afirmou que a operação representou “o maior baque da história do Comando Vermelho desde a sua fundação no fim da década de 1970”.

A ação resultou na morte de 121 pessoas — entre elas, quatro policiais. Segundo Curi, “quem optou pelo confronto foi neutralizado". Ele defendeu que a ação foi “legítima, amparada por ordens judiciais”.

O perfil oficial da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, no Instagram, lamentou a morte dos agentes.

“Hoje prestamos nossa singela, mas profunda homenagem aos nossos irmãos de farda que tombaram na luta contra o crime: 3° Sgt PM Cleiton Serafim Gonçalves, 3° Sgt PM Heber Carvalho da Fonseca, e aos valorosos Policiais Civis Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral”, lamentou a pasta.

Cleiton Serafim, 42 anos, foi atingido na região do abdômen durante um confronto. Mesmo após ser socorrido, não resistiu aos ferimentos, informou o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Heber, de 39 anos, também foi morto em conflito, segundo o BOPE, ele deixa esposa e filhos.

Marcos Vinicius, conhecido como "Máskara", um dos primeiros agentes a ter a morte confirmada, tinha uma longa carreira na polícia e havia recentemente sido promovido a um dos chefes da Delegacia Policial de Mesquita (53ª DP). Ele morreu após ser baleado na cabeça.

Rodrigo Cabral, Lotado na 39ª DP (Pavuna), estava há dois meses na Polícia Civil, e era considerado um profissional promissor. Durante o confronto, ele levou um tiro na nuca e não resistiu. Rodrigo era casado e deixa uma filha. 

DOCA: O FOCO DA MEGAOPERAÇÃO

O principal alvo da Operação Contenção era o líder do Comando Vermelho Edgar Alves de Andrade, 55, conhecido como "Doca". Cerca de 70 homens faziam sua proteção, segundo o analista Leandro Stoliar, em entrevista ao programa CNN Novo Dia.

"Para se ter uma ideia da importância do Doca, uma fonte da polícia disse que pelo menos 70 criminosos faziam a segurança dele no momento da operação", afirmou o analista. No entanto, diferentemente dos mais de 130 mortos na operação, o traficante conseguiu escapar.

Entre os principais alvos, além de Doca, estavam Carlos da Costa Neves (Gadernau) e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues (BMW).

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

30.10.225