Quem são os cearenses mortos em megaoperação contra o CV no RJ - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
Anúncio

Quem são os cearenses mortos em megaoperação contra o CV no RJ

Quem são os cearenses mortos em megaoperação contra o CV no RJ

Compartilhar isso

 

Legenda: Dezenas de corpos foram retirados de uma região de mata, na Penha, na manhã desta quarta-feira (29).
Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil.

O chefe da facção carioca no Pirambu estava na região onde aconteceu a ação policial.



Pelo menos quatro cearenses estão entre os mortos da megaoperação policial no Rio de Janeiro, nos complexos do Alemão e da Penha, ocorrida na última terça-feira (28), segundo informações recebidas por autoridades cearenses. O número total de mortos já ultrapassou 120 - incluindo quatro policiais.

A reportagem apurou, com fontes que investigam o crime organizado no Ceará, que os cearenses encontrados mortos no Rio são integrantes da facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV), que atuavam principalmente nas regiões do Pirambu e do Carlito Pamplona, em Fortaleza.

Autoridades cearenses receberam informações da Polícia do Rio de Janeiro sobre a morte de quatro integrantes do CV no Ceará:

  • Leilson Sousa da Silva, o 'Lelê';
  • Francisco Teixeira Parente, o 'Mongol';
  • Luan Carlos Marcolino de Alcânta, o 'Tubarão';
  • Josigledson de Freitas Silva, o 'Gleissim' ou 'Traquino'.

Já Carlos Mateus da Silva Alencar, o 'Skidum' ou 'Fiel', de 30 anos, número 1 do CV no Pirambu e um dos foragidos mais procurados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), estava na região onde aconteceu a operação, mas não há informações confirmadas se ele é um dos mortos.

A SSPDS descreve 'Skidum', no site de Mais Procurados, como "chefe de organização criminosa com atuação no bairro Pirambu, em Fortaleza. Responde a homicídios, tráfico de drogas e por integrar organização criminosa".

15
ações penais tramitam na Justiça do Ceará com o nome de Carlos Mateus como réu. Destas, 12 são por homicídios, e uma delas ia a julgamento nesta quarta-feira (29). Segundo a polícia cearense, ele ordenava homicídios na Região do Pirambu, mesmo estando no Rio de Janeiro.

'Skidum' tinha mandados de prisão em aberto no Ceará, motivo pelo qual fugiu do Estado e procurou proteção no Rio de Janeiro - berço do Comando Vermelho. Ele esteve escondido no Complexo da Maré, mas teria se deslocado para a região onde aconteceu a megaoperação policial.

A reportagem apurou que, no Rio, o criminoso cearense tinha a proteção de Edgar Alves de Andrade, o 'Doca', um dos maiores líderes do CV e o principal alvo da megaoperação.

Comparsas de 'Skidum' mortos

Os cearenses mortos na megaoperação policial no Rio de Janeiro atuavam diretamente com 'Skidum' no tráfico de drogas e nas outras ações do Comando Vermelho no bairro Pirambu, em Fortaleza.

Leilson Sousa da Silva, o 'Lelê', 30, era conhecido como "o gerente do Skidum". Ele respondia a processos criminais por tráfico e por roubo, na Justiça do Ceará.

Em 2020, 'Lelê' foi preso pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) na festa de aniversário dele, junto de 15 convidados. Para os investigadores, o evento se tratava de uma festa de uma facção criminosa.

Já Francisco Teixeira Parente, o 'Mongol', que responde a processos, na Justiça do Ceará, por homicídio, estelionato, furto e corrupção ativa.

As fotos mostram três criminosos que eram procurados pela Polícia do Ceará e que foram mortos em uma megaoperação policial no Rio de Janeiro.
Legenda: 'Skidum', 'Lelê' e 'Tubarão' estavam na região onde aconteceu a megaoperação. Os dois últimos foram confirmados como mortos para autoridades cearenses.
Foto: Reprodução.

Mortes de policiais no Ceará

'Mongol' é um dos acusados de matar o soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Heverton Gonçalves da Silva, aos 27 anos, no bairro Pirambu, no dia 6 de setembro de 2022.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o PM teria ido à residência de um morador, no Pirambu, para tirar satisfação sobre um suposto assalto, o que revoltou a facção e motivou o assassinato.

A morte do PM foi comemorada com fogos de artifício e com um vídeo que mostrava o cadáver, compartilhado nas redes sociais. A vítima teria se identificado como policial militar, mas os criminosos não teriam acreditado, pois pensavam que ele era integrante de uma facção rival.

O terceiro morto na megaoperação no Rio é Luan Carlos Marcolino de Alcânta, o 'Tubarão', com atuação no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza.

De acordo com o Ministério Público do Ceará, 'Tubarão' foi um dos responsáveis pelo assassinato do policial militar Bruno Lopes Marques, no Pirambu, em Fortaleza, no dia 12 de fevereiro do ano passado. 'Skidum' também responde pelo crime.

"Quanto às circunstâncias do fato tem-se inicialmente que todos os réus são vinculados à organização criminosa Comando Vermelho-CV, sendo que o réu Carlos Mateus da Silva Alencar exerce função de liderança estando foragido e escondido, ao que se tem notícia até o momento, no Rio de Janeiro. O réu Luan Carlos Marcolino de Alcântara por sua vez subordinado a Carlos exerce liderança no Bairro Carlito Pamplona, em região conhecida como Carandiru."
MPCE

O policial tinha 27 anos e estava de folga em um bar, jogando baralho, quando foi assassinado. 

Luan também respondia pelo crime de tráfico de drogas, devido a uma ocorrência registrada em 5 de março de 2021, na mesma região em que o PM foi morto.

O quarto cearense que teve o nome informado pela Polícia carioca é Josigledson de Freitas Silva, o 'Gleissim' ou 'Traquino', que também atuava no bairro Carlito Pamplona. Ele respondia a um processo, na Justiça do Ceará, por integrar organização criminosa.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

30.10.2025