Fake News usou IA para manipular rostos e vozes de jornalistas e espalhar pânico nas redes.
Os conteúdos usam a técnica conhecida como deepfake, capaz de reproduzir fielmente feições, gestos e fala de uma pessoa real para criar vídeos falsos com aparência autêntica.
Em um dos vídeos, a voz adulterada de uma suposta apresentadora afirma que “diversos lotes de leite contaminados com metanol, uma substância altamente tóxica, já estão sendo distribuídos e consumidos em todo o país. Em várias cidades, hospitais já registram casos de intoxicação e o medo cresce a cada hora".
A mensagem é totalmente falsa
O Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) desmentiram o boato.
Em nota, a Senacon reforçou que “não há qualquer registro que comprove alegações de contaminação por metanol em leite, café, água ou refrigerantes. Trata-se de desinformação amplamente disseminada nas redes sociais.”
Manipulação com IA
Os vídeos falsos simulam trechos de telejornais, como o Jornal Nacional e o WW, da CNN, tentando dar credibilidade à fraude.
Análises com ferramentas de verificação, como a Hive Moderation, apontaram 92,8% de probabilidade de o conteúdo ter sido gerado digitalmente.
Nenhuma menção sobre contaminação de leite por metanol foi encontrada nas plataformas oficiais do Grupo Globo — como G1, Globoplay ou TV Globo — nem nos canais da CNN Brasil.
Disseminação nas redes
Os vídeos deepfake já somam milhares de visualizações no TikTok e em outros aplicativos, sendo amplamente compartilhados por usuários que acreditaram se tratar de notícias reais.
Autoridades pedem que o público não compartilhe o conteúdo e verifique informações sempre em fontes oficiais, como o Ministério da Saúde, a Anvisa e veículos jornalísticos reconhecidos.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
Cariri Ativo
21.10.2025