Mauro Cid retira tornozeleira eletrônica para começar cumprir pena - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Mauro Cid retira tornozeleira eletrônica para começar cumprir pena

Mauro Cid retira tornozeleira eletrônica para começar cumprir pena

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Legenda: O militar não apresentou novos recursos nos chamados embargos de declaração.
Foto: Gustavo Moreno / STF.

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro recebeu a pena mais branda entre os condenados pelo STF por envolvimento na trama golpista.


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br


O coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, retirou a tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira (3), após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o início do cumprimento da pena por participação na tentativa de golpe de Estado.

Cid foi condenado a 2 anos de reclusão em regime aberto, a punição mais branda entre os integrantes do chamado núcleo crucial da trama. O militar não apresentou novos recursos nos chamados embargos de declaração.

julgamento desses recursos deve começar ainda nesta semana na Primeira Turma do STF.

Delator do caso, Cid colaborou com as investigações e revelou detalhes sobre o planejamento de ações que, segundo o Supremo, atentaram contra os poderes constituídos e tinham o objetivo de manter Bolsonaro no poder, revertendo o resultado das eleições de 2022.

Na última quinta-feira (30), o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, determinou o cumprimento da pena e fixou medidas cautelares que devem ser seguidas durante o regime aberto.

Medidas cautelares:

  • Permanecer em casa, só podendo sair com autorização judicial;
  • Proibição de deixar o país;
  • Proibição de portar armas;
  • Proibição de uso de redes sociais;
  • Proibição de contato com outros investigados e condenados pela trama.

Agora, Mauro Cid aguarda a decisão do Exército sobre o pedido de aposentadoria. O coronel deve sair de férias por 60 dias a partir desta terça-feira (4).

Moraes também determinou o levantamento do período de prisão provisória para abatimento da pena. Cid foi preso duas vezes ao longo das investigações, por menos de seis meses no total. 

A defesa pede que o tempo em que ele esteve sob medidas cautelares também seja considerado, o que poderia levar à extinção dessas restrições — pedido que ainda será analisado pelo ministro.

Papel nas investigações

Cid teve papel central nas apurações da Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe. Foi a partir do material encontrado em seu celular que a Polícia Federal localizou a chamada “minuta do golpe”, documento que deu origem às investigações.

O plano, batizado de “Copa 2022”, previa a intervenção militar e a anulação do resultado das eleições presidenciais, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter Bolsonaro no cargo.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

04.11.2025