Cinco dias após a cirurgia, reconstrução mostra melhora e nova etapa já é planejada.
Cinco dias depois do primeiro procedimento, o cirurgião compartilhou uma imagem atual da paciente, registrada em uma chamada de vídeo, e celebrou os avanços observados.
“A cicatrização está ótima. Ela está tendo uma recuperação muito boa. Os pontos estão bem sequinhos, bem cicatrizados, sem nenhum sinal de infecção. Ainda está inchado, tem uma quantidade residual, mas já houve uma melhora significativa, principalmente na abertura bucal. A boca dela já está abrindo mais. A cirurgia foi um sucesso em todos os aspectos”.
O procedimento ocorreu na última quinta-feira (20), no Hospital Indianópolis, em São Paulo. Após receber alta, Juju voltou para Passo Fundo (RS), onde continua sob acompanhamento da equipe médica. Segundo Marra, uma nova etapa já começa a ser estruturada para remover mais material.
“A gente já está programando uma próxima retirada, uma segunda etapa. Ela ainda tem uma região da papada que estava muito comprometida, que não deu para tirar tudo de uma vez. E ela já tinha uma assimetria muito grande de um lado do rosto em relação ao outro. Já amenizamos bastante, mas ainda há um pouco de diferença. Estamos planejando uma nova cirurgia para daqui a três a seis meses, para retirar mais produto”.
Complexidade da intervenção e próximos passos
Em vídeos divulgados nas redes sociais, o médico mostrou fragmentos endurecidos do óleo mineral extraído e relatou a dificuldade do processo. “Foi uma cirurgia muito difícil, e a gente não podia fazer nada muito agressivo nesse primeiro momento. Na ressonância, já mostrava que o óleo mineral no rosto dela estava duro e enrijecido. A gente teve que afinar a pele o máximo possível, porque, se tirar mais, corre o sério risco de ter necrose. Tivemos que fazer com bastante cautela”.
Ele explicou ainda que a equipe não tinha dimensão exata do que encontraria durante o procedimento. “A gente não sabia o que tinha ali dentro. Era uma surpresa para gente. Não sabíamos se estava no meio do músculo, próximo de nervo ou de vaso sanguíneo. Descolamos toda a estrutura, fizemos todo o descolamento do tecido, de forma muito cuidadosa, usando cauterização. Fizemos a cirurgia com anestesia local. É uma cirurgia de alta complexidade. O rosto dela ainda está muito inchado, mas já terá uma melhora significativa, embora o resultado geral só deva aparecer entre 6 meses e um ano”.
A primeira etapa durou cerca de quatro horas e meia e marcou o início do processo de reconstrução facial. Na fase seguinte, após a recuperação do tecido, será possível remover uma quantidade maior do produto, sempre de forma gradual, para evitar riscos.
Histórico do caso e impacto na vida da influenciadora
Juju convive com o óleo industrial desde 2017. Marra destacou que a cirurgia não teve custos para a influenciadora e elogiou sua postura durante todo o processo. “A Juju do Pix é, antes de tudo, uma comediante. Ela é engraçada por natureza, faz a gente rir, traz leveza… e isso é o trabalho dela. Mas o fato de ser comediante não dá direito a ninguém de ofender. Independente da aparência física, que amanhã, se Deus quiser, vamos melhorar, ela merece respeito”.
Após o procedimento, Juju gravou um vídeo relatando bem-estar e agradecendo ao médico: “Estou muito feliz, sem dor, não estou tonta”.
A influenciadora, hoje com 35 anos, ganhou notoriedade em 2020 ao expor as deformações causadas pela aplicação de 250 ml de óleo mineral em uma clínica clandestina. “Eu paguei por silicone industrial. O rosto ficou muito diferente. Hoje fui buscar o exame e descobri que não se trata do silicone. Eu fui três vezes na pessoa que aplicou e olha o que colocaram no meu rosto: óleo mineral. E o que é o óleo mineral? Laxante para cagar".
Com a repercussão, Juju passou a pedir Pix nas redes sociais, o que a levou ao apelido que a tornou conhecida nacionalmente.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
Cariri Ativo
27.11.2025


