Mulher recebeu o diagnóstico de câncer enquanto ainda estava presa.
Damaris recebeu o diagnóstico enquanto ainda estava presa. Na época, ela foi investigada por suposto envolvimento no homicídio de Daniel Gomes Soveral, ocorrido em novembro de 2018, em Salto do Jacuí, no Noroeste do RS.
O empresário Allen Silva, que manteve um breve relacionamento com a jovem, afirmou ao portal g1 que Damaris era uma "pessoa extremamente doce", "muito organizada" e "dona de uma inteligência ímpar".
"Dominava inglês, italiano. Gostava muito de literatura. Lia Dostoiévski, lia Machado de Assis, lia uma infinidade de livros. Gostava muito de séries", comentou.
A vítima foi sepultada na última segunda-feira (27), no Cemitério Municipal de Araranguá (SC).
Prisão
Registros da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo apontam que Damaris foi presa preventivamente em agosto de 2019, acusada de envolvimento no homicídio de Daniel Gomes Soveral, ocorrido em novembro de 2018, no Rio Grande do Sul.
A Promotoria entendeu que Damaris "ajustou o assassinato juntamente com os denunciados" e manteve "conduta dissimulada, um relacionamento com a vítima, de modo a fazê-la ir até Salto do Jacuí, local estipulado para a execução".
Na época, o Ministério Público apontou outras duas pessoas como suspeitas do crime: Henrique Kauê Gollmann (namorado de Damaris na época) e Wellington Pereira Viana. Henrique teria sido o executor do assassinato e efetuado o disparo que matou Daniel. Já Wellington "concorreu para a prática do fato ao ajustar e auxiliar na organização do homicídio".
Henrique foi condenado pela morte da vítima e preso no Presídio Estadual de Venâncio Aires. Welligton chegou a ser capturado e encaminhado para o Presídio Estadual de Santa Cruz do Sul, mas foi absolvido das acusações posteriormente.
Conforme a defesa de Damaris, ela apenas contou a Henrique, seu então namorado, que teria sido estuprada por Daniel. Como vingança, o homem teria cometido o assassinado e ateado fogo no corpo.
Damaris foi presa em agosto de 2019 e desde então relatava problemas de saúde, como sangramento vaginal e dor na região do ventre. Ela passou por penitenciárias em Sobradinho, Lajeado, Santa Maria e Rio Pardo.
Apesar do agravamento dos problemas de saúde, ela só teve a prisão convertida em domiciliar em março de 2025.
O caso foi a julgamento apenas em agosto, quando o Conselho de Sentença absolveu Damaris de todas as acusações, tanto de ter atirado na vítima como de ter ateado fogo no veículo com o corpo dentro. O órgão alegou que a absolvição ocorreu por falta de provas. A mulher morreu 74 dias após ser absolvida.
diariodonordeste.verdesmares.com.br
Cariri Ativo
04.11.2025


