Doação de medula óssea: mitos, verdades e informações que salvam vidas - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Doação de medula óssea: mitos, verdades e informações que salvam vidas

Doação de medula óssea: mitos, verdades e informações que salvam vidas

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Foto: Divulgação

Semana de Mobilização Nacional acontece de 14 a 21 de dezembro

Entre os dias 14 e 21 de dezembro, o Brasil celebra a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, um período dedicado a informar, conscientizar e incentivar novos voluntários a se cadastrarem como possíveis doadores. A data chama a atenção para um gesto que pode representar a única chance de cura para milhares de pessoas acometidas por doenças oncológicas graves, como linfoma, leucemia e mieloma, e por enfermidades benignas, como anemia falciforme, entre outras.


Mesmo assim, ainda existem muitos mitos e receios que afastam potenciais doadores. Para esclarecer as principais dúvidas, a hematologista Camila Gonzaga, médica do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), responde às perguntas mais frequentes sobre o assunto.


1. Só é possível doar medula óssea para alguém da família?


Mito. Embora a compatibilidade entre familiares seja maior, doadores não aparentados também podem ser compatíveis por meio do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). “A compatibilidade é verificada por meio de um exame de tipagem HLA, e a doação pode ser feita por um voluntário cadastrado em bancos de dados nacionais e internacionais”, explica a médica.


2. Qual é a idade ideal para se cadastrar?


A faixa etária ideal é entre 18 e 35 anos, pois as células-tronco de pessoas mais jovens tendem a ter melhor qualidade para o transplante. Segundo Dra. Camila, o limite varia conforme o tipo de doador:


- Aparentado (familiar): Não há limite absoluto; pessoas de 60 ou até 70 anos podem ser consideradas se estiverem saudáveis.

- Não-aparentado (voluntário de registro): O limite prático é 60 anos para permanecer no REDOME.


3. A doação é dolorosa?


Muito menos do que as pessoas imaginam. Hoje existem dois métodos:


- Punção direta da medula óssea: procedimento de cerca de 90 minutos, sob anestesia geral. Pode haver leve dor local nos dias seguintes, controlada com analgésicos.
- Aférese de sangue periférico (o método mais comum): semelhante a uma doação de sangue. O doador usa por alguns dias uma medicação que estimula a liberação de células-tronco. No dia da coleta, o sangue passa por uma máquina que separa essas células.


“No caso da punção direta, nos dias seguintes, é comum sentir uma dor localizada leve, similar a um desconforto de uma queda ou de um esforço físico intenso, que é perfeitamente controlada com analgésicos comuns e desaparece em poucos dias. Já a medicação utilizada na aférese pode causar sintomas leves e temporários, como dores ósseas e musculares semelhantes aos de uma gripe. O procedimento em si é indolor, exceto pela picada da agulha”, afirma a hematologista. Ela ainda salienta que a escolha do método da coleta de medula óssea é baseada em características do doador e da doença do paciente que receberá a doação, sendo sempre compartilhada a decisão com o doador.


4. O doador precisa ficar internado ou afastado do trabalho?


Depende do método:


- Punção direta: internação de 24 horas e afastamento por até uma semana para quem realiza atividades físicas intensas.
- Aférese: procedimento ambulatorial, dura de 3 a 4 horas, com retorno às atividades no dia seguinte.


5. A doação enfraquece o organismo do doador?


Não. A medula óssea tem alta capacidade de regeneração. “Em poucas semanas, a medula do doador está totalmente recuperada”, reforça a médica. Na punção direta, apenas uma pequena fração é coletada. Já na aférese, a medula nem chega a ser tocada, pois as células são retiradas do sangue.


6. Qual é a probabilidade real de ser chamado para doar depois do cadastro?


A probabilidade é baixa, de 1 em 100 mil a 1 em 400 mil, porque a compatibilidade HLA é extremamente específica. Por esse motivo, é raro uma pessoa ser doadora mais de uma vez. “Mas é justamente por isso que cada cadastro importa. Quanto mais pessoas no REDOME, maiores as chances de um paciente encontrar seu doador compatível”, finaliza a hematologista. 


Passo a passo até a doação

  • Cadastro e coleta: O primeiro passo é o doador procurar um Banco de Sangue para preencher uma ficha. Neste momento também é feita  a doação de uma amostra de sangue.

  • Análise: O sangue coletado passa por um exame de histocompatibilidade e já é feito o cadastro no REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). 

  • Procura por compatibilidade: O sistema procura algum paciente que possa ter a medula compatível.

  • Coleta: Com a compatibilidade assegurada, é feita a coleta.

  • Transplante: O paciente com compatibilidade recebe o material por via intravenosa.



Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba

 

Referência há 30 anos em quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), junto com o Hospital Evangélico de Sorocaba, integra o hub Sorocaba da Hospital Care, uma das maiores administradoras de serviços de saúde do país.

 

O Instituto possui uma equipe multidisciplinar altamente capacitada formada por médicos, farmacêuticos, nutricionista, psicóloga e enfermeiros. Com estrutura completa, conta com quartos individuais e acolhedores e atendimento humanizado. Atende mais de 20 convênios, entre eles, Funserv, Amil, Bradesco Saúde e Sulamérica.

 

O IOS tem acreditação internacional de qualidade pela ACSA (Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía) desde 2021. Foi a segunda instituição de oncologia no país a obter esta certificação.

 

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OS2 Comunicação

Jornalista responsável: Thaís da Silveira

Contato: Juliana Moreno

(15) 99778-5528


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10.12.2025