Divulgação/Portal Brasil
Fila de espera foi de zero a 1 milhão no 1º ano do Governo Bolsonaro
Municípios carentes perdem cobertura,Fila do programa chega a 1 milhão.
O governo Jair Bolsonaro congelou o Bolsa Família em uma a cada 3
cidades dentre os 200 municípios mais pobres do Brasil, segundo reportagem da Folha de S.Paulo
publicada nesta 2ª feira (10.fev.2020). De junho a outubro de 2019
(dados oficiais mais recentes disponíveis), essa fração não teve nenhum
novo auxílio liberado.
Para o levantamento, a Folha considerou
a lista de municípios mais pobres a partir dos dados de renda per
capita de 2017. Todos os 200 tiveram recuo na cobertura e no ritmo de
atendimento as novas famílias em relação aos períodos anteriores.
Em janeiro, cerca de 1 milhão de famílias aguardavam 1 retorno do
Ministério da Cidadania para ingressar no programa. Ele atende famílias
com filhos de 0 a 17 anos e que vivem em situações de extrema pobreza,
com renda per capita de até R$ 89 mensais, e pobreza com renda entre R$
89,01 e R$ 178 por mês. O benefício médio é de R$ 191.
No
governo Bolsonaro, o Bolsa Família enfrenta o mais longo período de
baixo índice de entrada de novos beneficiários da história do programa.
Entre janeiro de 2018 e maio de 2019, no grupo de 200 cidades
brasileiras com menor renda per capita, 26 famílias passaram a ser
atendidas por mês. Recentemente, essa média passou para 5 famílias.
O
orçamento do Bolsa Família passou de R$ 32,5 bilhões em 2019 para R$
29,5 bilhões em 2020. Com aumento da fila e redução na entrada de novos
beneficiários, o número de famílias atendidas recuou de 14,3 milhões
para 13,1 milhões de maio a dezembro de 2019. O Ministério da Cidadania
diz que a redução é resultado do pente-fino no programa, que cancelou
benefícios irregulares. De janeiro de 2017 a maio de 2019, cerca de 250
mil novos benéficos eram liberados por mês. Essa taxa passou para 5,4
mil de julho a outubro no ano passado.
Desde outubro, o Ministério
da Cidadania é questionado pelo congresso e pela imprensa sobre a fila
de espera. Em janeiro, depois de uma ordem da CGU (Controladoria-Geral
da União), a pasta respondeu aos pedidos feitos via Lei de Acesso à
Informação. Nos dados divulgados, o governo apresentou uma média da fila
de espera (494,2 mil famílias). Segundo a reportagem da Folha,
documentos internos mostra a fila zerada até maio, e um boom desde
então, chegando a 1 milhão.
poder360.com.br
10.02.2020