Para Tiago Mitraud, que é membro da comissão de educação da Câmara e que vai ouvir o presidente do órgão nesta quarta-feira, funcionários temem eventuais irregularidades na realização do Enem.
Após a saída de mais de 30 servidores de carreira do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão técnico do Ministério da Educação (MEC), responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), justamente às vésperas da execução do exame, a Câmara dos Deputados ouve, nesta quarta-feira, 10, o presidente do órgão, Danilo Dupas, para que ele se explique sobre as demissões em massa e sobre acusações de assédio moral.
Em entrevista ao vivo ao Jornal da Manhã, o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG), membro da comissão de Educação da Casa, comentou o assunto.
Para ele o pedido de demissão dos funcionários pode ter sido, em parte, gerado por questões ideológicas, mas vai muito além disso e envolve a insegurança dos servidores diante das medidas técnicas adotadas pelo Inep e do surgimento de eventuais irregularidades.
“Não é só uma questão ideológica. O que eu estou colocando é que a priorização da questão ideológica pelo governo Bolsonaro faz com que o Inep ignore todas as outras questões técnicas, que são importantes para conduzir operações de guerra, como se costuma chamar a realização do Enem no Brasil.
O fato de priorizarem essa questão ideológica faz com que temas relevantes, como a logística do Enem, a contratação de fornecedores e até a condução para as questões da prova, que sempre são temas polêmicos ali dentro, fiquem em segundo plano.
O que a gente observou conversando com os servidores é que eles não querem ser corresponsáveis por eventuais irregularidades na comissão da prova”, afirmou Mitraud.
Fonte: Jovem Pan News
miseria.com.br
11.11.2021