Autor Beatriz Cavalcante
O Ceará contratou mais que demitiu em junho deste ano, gerando 9.605 novos postos de trabalho formais. É o quinto mês consecutivo de saldo positivo. No período, foram 46.208 contratações, ficando acima das 36.603.
Figurou, então, como o segundo estado do Nordeste com mais geração de emprego, ficando atrás somente da Bahia (13.079). No País ficou em 10º nessa base de comparação.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, divulgados nesta quinta-feira, 28 de julho.
Os números mostram que todos os setores registraram saldo positivo de emprego no Ceará. Mas, o que puxou foi o setor de serviços (5.090), depois construção civil (1.831), comércio (1.535) e indústria (1.037).
No acumulado do ano, janeiro a junho, foram 266.194 admissões e 237.44 desligamentos no Estado, contabilizando 128.753 na geração de vagas de emprego formal. É a 13ª unidade da Federação em saldo positivo, e no Nordeste apenas a Bahia fica à frente.
Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, Caged registra 532.935 contratações e 447.364 demissões, gerando saldo de 85.571 postos formais. Isso significa também o segundo melhor saldo do Nordeste, após a Bahia, e 9º do País.
Geração de emprego dos municípios do Ceará
Em junho, Fortaleza se destacou no País como o quarto município que mais gerou vagas formais e o melhor do Nordeste. Foram 26.252 admissões contra 20.947 demissões, num saldo positivo de 5.3054 postos.
O pior saldo foi de Caucaia, com 1.361 cotratos, 1.496 desligados e saldo negativo em 135 perdas de emprego.
De janeiro a junho, a Capital fica em oitavo do País, contabilizando 151.638 contratações, 132.821 desligamentos e geração de 18.817 postos formais.
Neste período, Maracanaú teve o pior resultado (-1.157), quando teve 11.129 admissões e 12.286 demissões.
E no acumulado dos últimos 12 meses, Fortaleza figurou como quinto do Brasil e liderando a geração de emprego no Nordeste. Foram 297.769 contratos, 251.010 rescisões e saldo de 46.759 empregos com carteira assinada.
Aqui, Icapuí foi o pior resultado (-401) quando apresentou 1.761 admissões e 2.162 demissões.
Geração de Emprego no Brasil
O Brasil fechou o mês de junho com um saldo de 277.944 empregos formais (com carteira assinada). O saldo de junho foi resultado de 1.898.876 de contratações e 1.620.932 desligamentos.
Já o estoque total de trabalhadores celetistas aumentou 0,67% em relação ao resultado de maio deste ano, passando de 41.729.858 para 42.0.13.146.
Na média nacional, os salários iniciais pagos a quem foi admitido em um novo emprego em maio foi de R$ 1.922,77. Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$ 12,99 no salário médio de admissão, uma variação em torno de 0,68%.
No acumulado do ano, foi registrado saldo de 1.334.791 empregos, decorrente de 11.633.347 admissões e de 10.298.556 desligamentos (com ajustes até junho de 2022).
Atividades no Brasil
Os números mostram que, no mês de junho, os cinco grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços, com a geração de 124.534 novos postos de trabalho formais, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias e administrativas (65.827 postos).
O Comércio fechou o mês com 47.176 novos postos, a Indústria geral criou 41.517 postos, concentrados especialmente na Indústria de transformação, que gerou 37.986 postos. Na sequência vêm o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que gerou 34.460 postos. A Construção fechou o mês com 30.257 novos postos.
Trabalho intermitente e em regime parcial no Brasil
Em junho, o Novo Caged registrou 23.483 admissões e 16.093 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 7.390 empregos criados.
No mês, 5.640 estabelecimentos contratantes e 242 empregados celebraram mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Em relação ao trabalho em regime de tempo parcial, foram registradas 19.040 admissões e 16.398 desligamentos, um saldo de 2.642 empregos. Foram registrados 8.773 estabelecimentos contratantes e 48 empregados celebraram mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Regiões
Em junho, as 27 unidades federativas fecharam o mês com saldo positivo de empregos. Os destaques são: São Paulo, com 80.267 postos; Minas Gerais, com 31.092; e Rio de Janeiro, com 22.922 postos.
Os estados com menor saldo registrado foram o Amapá, que apresentou um saldo positivo de 869 postos; depois vêm Sergipe e Roraima que apresentaram saldo positivo de 848 postos e 529 postos, respectivamente.
Entre as regiões, a Sudeste fechou fevereiro com 137.228 novos postos. Na sequência vem o Nordeste, com 52.122 postos; Centro-Oeste, 34.263 postos; o Sul, com 31.774 postos; e a Região Norte, com 21.780 postos. ( Agência Brasil)
opovo.com.br
29.07.2022