Somente no primeiro semestre deste ano, o total de itens transportados gratuitamente pelas companhias aéreas brasileiras chega a 2,7 mil. Considerando-se o transporte realizado por meio da Força Aérea Brasileira (FAB), companhias aéreas internacionais e outros tipos de transporte (particular e terrestre, por exemplo) o total parcial do ano chega a 3.664 itens.
“O Programa Asas do Bem, idealizado pela ABEAR, mostra um papel social importante das empresas aéreas brasileiras: o transporte gratuito de órgãos e insumos para transplantes em todo o país. Muitas vezes a localidade de coleta do órgão compatível é bem distante da cidade onde o paciente receberá o transplante, o que pode inviabilizar a operação. Temos muito orgulho dessa iniciativa, pois somente o avião pode atender uma necessidade como essa com tempo hábil para o sucesso da cirurgia, e por isso renovamos todos os anos o compromisso da indústria com esse transporte”, afirma a presidente da ABEAR, Jurema Monteiro.
Asas do Bem
Em 2014, a ABEAR criou o Programa Asas do Bem, com o objetivo de divulgar a importância da doação e do transporte gratuito de órgãos, tecidos, equipes médicas e materiais. Em 2018, foi lançada a Jornada Asas do Bem, uma série de palestras presenciais e online para destacar a importância da doação de órgãos e a contribuição da aviação para viabilizar os transplantes. As apresentações foram realizadas pelo publicitário Alexandre Barroso, três vezes transplantado, e percorreram 15 estados e o Distrito Federal, reunindo cerca de 4 mil pessoas em eventos promovidos por hospitais, centrais de transplantes, companhias aéreas e iniciativas sociais. Em 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, foram realizadas lives com Barroso e profissionais de saúde para promover o tema no Instagram e YouTube.
Esforço colaborativo
A contribuição da aviação comercial no transporte de órgãos teve início em 2001. O esforço inclui atualmente, além da ABEAR e suas associadas, outras companhias aéreas, o Ministério da Saúde (CNT), Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), o Comando da Aeronáutica (Força Aérea Brasileira – FAB, Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA, e Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea – CGNA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Infraero e aeroportos concessionados, por meio da Aeroportos Brasil (ABR).
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08.08.2023