A depressão é um transtorno psicológico caracterizado por tristeza persistente e falta de interesse para realizar atividades que antes eram consideradas divertidas. Identificar a depressão pode ser desafiador, pois os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem se manifestar de muitas formas.
No Brasil, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o país tem a quinta população mais depressiva do mundo, sendo número um na América Latina, com um total de 19 milhões de indivíduos na condição de depressão e ansiedade.
Segundo a psicóloga Gabriela Leite, docente do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, esse transtorno consiste ainda em uma condição de saúde mental que afeta o estado de ânimo, os pensamentos e o comportamento humano. “A depressão é muito mais do que se sentir triste ou desanimado por um curto período de tempo; é uma condição persistente que pode impactar significativamente a qualidade de vida de uma pessoa”, avalia.
A psicóloga explica que quem vive com depressão, muitas vezes, pode tentar esconder seus sentimentos, devido à não compreensão desse sentimento e até mesmo vergonha. A especialista explica, que não há uma causa específica para o desenvolvimento deste transtorno.
“O transtorno tende a ser mais frequente quando existe um conjunto de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos que tornam a pessoa mais predisposta à depressão. A depressão pode surgir ainda devido a desequilíbrios químicos no cérebro, sobretudo nas concentrações dos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina e, portanto, ter um diagnóstico correto a partir de profissionais é essencial, principalmente a fim de mostrar para quem vive com esse problema, que não se pode culpabilizar-se acerca desse sentimento”, destaca.
Gabriela enfatiza que o ideal é sempre procurar um psicólogo ou psiquiatra para realizar o diagnóstico e o tratamento adequado, que pode incluir psicoterapia, medicamentos ou uma combinação de ambos. “Não hesite em buscar ajuda, pois a depressão é uma condição tratável e o suporte adequado pode fazer uma grande diferença na vida da pessoa que está sofrendo”, alerta.
Por fim, a psicóloga indica quando é preciso pedir ajuda. Confira:
- Sentimentos persistentes de tristeza, vazio ou desesperança;
- Perda de interesse ou prazer em atividades que costumavam ser agradáveis;
- Alterações no apetite e no peso (pode haver ganho ou perda de peso significativa);
- Distúrbios do sono, como insônia ou excesso de sono;
- Fadiga e falta de energia constantes;
- Dificuldade de concentração, tomada de decisões e pensamento claro;
- Sentimento de culpa excessivos ou baixa autoestima. Isolamento social e retirada de atividades sociais;
- Pensamentos suicidas ou autodestrutivos;
- Sintomas físicos inexplicáveis, como dores de cabeça ou dores no corpo;
“Repito! Se você estiver enfrentando essas dificuldades de forma persistente, procurar a ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, é fundamental”, finaliza.
Sobre a Anhanguera
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