Demontier Tenório
Apenas seis dos 29 municípios situados na região do Cariri estão prestes a terminar o ano sem o registro de homicídios: Antonina do Norte, Araripe, Granjeiro, Jardim, Lavras da Mangabeira e Porteiras. O primeiro com população estimada em 7,5 mil habitantes teve o último assassinato no dia 21 de março de 2021 num caso de intervenção policial quando morreu Antonio Mateus de Souza Nascimento, de 18 anos, que residia no centro de Saboeiro.
O seu comparsa “Linard” conseguiu fugir e a polícia tinha ido ao Distrito de Tabuleiro por conta de um assalto. A dupla fugia em alta velocidade em duas motos e houve tentativa de interceptação não atendida quando começou uma perseguição e os acusados atiraram na direção dos PMs e, no revide, Antonio morreu. Num intervalo de cinco anos (2018/2022) foram sete homicídios em Antonina, sendo um em 2018, dois no ano de 2019, três em 2020, um em 2021 e zero no ano passado com média de 1,4 por ano.
Já o último em Araripe aconteceu no dia 12 de outubro de 2022 num caso de intervenção policial no Sítio Paraíso quando Leandro Pereira da Silva, de 24 anos, que residia na Rua José Calazans (Bairro Caixa Dágua) saiu baleado e morreu. Num intervalo de cinco anos (2018/2022) foram 24 homicídios em Araripe, sendo oito em 2018, zero no ano seguinte, quatro em 2020, seis em 2021 e mais seis ano passado com média de 4,8 por ano.
Enquanto isso, o último assassinato em Granjeiro tinha ocorrido no dia 15 de abril de 2020 vitimando Jorge Luiz Viana, de 35 anos, o “Jorge de Carão”, morto a tiros por dois homens que fugiram numa moto. Ele dormia numa rede no alpendre de casa perto da Igreja Matriz e respondia por ameaça, falsidade ideológica, porte de arma e tráfico de drogas. Num intervalo de cinco anos (2018/2022) tivemos um homicídio cada em 2018, 2019 e 2020 e não mais com média de 0,6 por ano.
Já em Jardim a situação é bem significante com oito homicídios ano passado e nenhum este ano. O último foi no dia 5 de junho de 2022 quando o agricultor Francisco Antonio Vieira, de 37 anos, foi morto a tiros em sua casa no Sítio Serra Gravatá. No último dia 17 morreu no HRC em Juazeiro Cícero Joaquim da Silva, de 50 anos, mas foi vítima de queda e não espancamento. Num intervalo de cinco anos (2018/2022) foram 28 homicídios em Jardim, sendo sete em 2018, dois no ano seguinte, oito em 2020, três em 2021 e oito ano passado com média de 5,6 por ano.
Em Lavras da Mangabeira, o último homicídio aconteceu no dia 1º de novembro de 2022 quando Jair de Oliveira Maia, de 23 anos, foi morto a tiros dentro de uma pocilga no Sítio Logradouro. Ele era suspeito de furtos e roubos, principalmente junto a estabelecimentos comerciais. Num intervalo de cinco anos (2018/2022) foram 31 homicídios em Lavras, sendo oito em 2018, dois no ano seguinte, 17 em 2020, um em 2021 e três ano passado com média de 6,2 por ano.
Finalmente em Porteiras, o último homicídio aconteceu no dia 26 de setembro de 2022 quando Cícero Ivanildo Araújo Penha, de 46 anos, o “Nana Penha”, foi morto a tiros na estrada de acesso ao Sítio Muquem. Ele residia no Sítio Lagoa Nova e, em julho de 2016, tinha tentado matar uma pessoa. Num intervalo de cinco anos (2018/2022) foram 14 homicídios em Porteiras, sendo dois em 2018, sete no ano seguinte, três em 2020, zero em 2021 e dois ano passado com média de 2,8 por ano.
miseria.com.br
Cariri Ativo
30.11.2023
