Autor Penélope Menezes
Cerca de 20 anos após o assassinato do casal Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen a mando da filha, Suzane, o herdeiro mais novo, Andreas, mantém o espólio dos pais. Mas, aos 36 anos, o bioquímico lida com dívidas decorrentes de má-administração.
A herança, avaliada na época em R$ 10 milhões, foi um dos motivadores do crime planejado por Suzane e cometido pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos. O inventário incluía carros, terrenos e seis imóveis, entre eles a mansão em que o assassinato foi cometido.
Atualmente, Andreas von Richthofen enfrenta 24 ações na Justiça de São Paulo por dívidas de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), além de atraso no pagamento de condomínios. As informações são do colunista Ullisses Campbell para o jornal O Globo.
Irmão de Suzane Richthofen acumula dívidas: casas herdadas foram invadidas
Alguns imóveis herdados foram invadidos por falsos sem-teto ao permanecerem fechados por tempo indeterminado. Em duas propriedades no Campo Belo, invasores já receberam título por usucapião.
O herdeiro também pode perder seus imóveis por dívidas de IPTU, que somam R$ 48.524,07 em tributos atrasados apenas em uma das casas, na Barão de Suruí. O levantamento foi realizado em novembro de 2023.
Corretores chegaram a procurar Andreas para avisar sobre pessoas interessadas em adquirir os imóveis, mas não receberam resposta.
Irmão de Suzane Richthofen acumula dívidas: isolamento em sítio
Na pandemia, von Richthofen se refugiou em sítio de São Roque, município de São Paulo, mas comprou outra propriedade, isolada e de difícil acesso, sem celular ou internet para comunicação.
O isolamento voluntário também pode contribuir para a perda dos bens herdados, considerando que os Oficiais de Justiça não conseguem contactá-lo.
De acordo com pessoas próximas, o bioquímico se afastou ainda mais quando a irmã, Suzane von Richthofen, passou a cumprir sua pena em liberdade. “Andreas tem um misto de medo e amor pela irmã”, disse um amigo.
opovo.com.br
Cariri Ativo
12.01.2024